Depois de uma semana marcada pelaforte queda de neve e a temperatura que bateu nos 35° negativos, o Salão de Detroit 2014 (North American International Auto Show - NAIAS) recebe a imprensa nesta segunda-feira e na terça, abrindo para o público entre os dias 18 a 26. o principal evento automotivo dos Estados Unidos ocorre num momento de recuperação da economia americana, e a expectativa é de que a venda de carros neste ano chegue a 16 milhões de unidades, a caminho de superar, em 2015, os 17 milhões de 2006.
Os números finais de 2013 serão anunciados nesta segunda e deverão ficar em torno de 16 milhões, cerca de 8% a mais em relação ao exercício anterior e o melhor resultado desde 2007. A previsão inicial era de chegar a 16,3 milhões, mas o rigoroso inverno e as baixas temperaturas, com neve e gelo tomando parte do país, prejudicaram as vendas de dezembro, normalmente o melhor mês de negócios.
Na abertura do salão para a imprensa mundial, serão apresentados 50 lançamentos mundiais entre carros conceituais e modelos de série. A maioria das apresentações já foi anunciada. Os grandes grupos internacionais guardam sempre uma atração especial para as entrevistas coletivas. Neste ano, há mais de 6 mil jornalistas credenciados para a cobertura do evento.
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Apesar da tradição americana de carrões, picapes e utilitários esportivos, com a crise economica a partir de 2008 cresceu a participação de veículos menores, principalmente com a participação dos fabricantes alemães, japoneses e sul-coreanos. A esperada nova geração da Ford F-150 abriu as coletivas, que prosseguiram com Chrysler 200C, Mercedes-Benz Classe C (que será produzido no Brasil) e o GLA AMG.
O bom momento das três grandes empresas do berço do automóvel - General Motors, Ford e Chrysler - acirra a concorrência com as estrangeiras que, com produção local ou veículos importados, não medem esforços para aproveitar o crescimento do mercado norte-americano. Com a recuperação econômica, os norte-americanos voltaram a comprar picapes e utilitários esportivos. Juntas, as três irmãs venderam 7,08 milhões de automóveis e comerciais leves, 9% a mais em relação a 2012, equivalente a quase metade dos registros feitos no país. A Toyota, a maior montadora do mundo, vendeu nos EUA 2,24 milhões de veículos e cresceu 7,4% principalmente pelo salto de 12% da sua divisão de luxo, a Lexus, o recorde de participação do crossover RAV4, e começo das vendas no Corolla 2014.
*O jornalista viajou a convite da Anfavea