Com empresas em recuperação judicial, o empresário Eike Batista agora também se tornou alvo de várias investigações sobre a condução de seus negócios.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que fiscaliza o mercado de ações, recusou proposta de acordo feita por Eike para não julgar um processo sobre irregularidades na divulgação de informações relevantes da LLX Logística.
Além disso, investidores estão dispostos a entrar na Justiça contra o empresário por comentários no Twitter feitos no mesmo dia em que vendia ações de suas empresas, o que pode ser passível de punição por usar canais extraoficias para comentar negócios.
No caso da LLX, o empresário e outros três executivos da empresa foram questionados por conta da alta atípica das ações da companhia em julho de 2012, quando circularam notícias sobre o fechamento de seu capital. Além de Eike, são acusados o ex-diretor presidente da LLX Otávio Lazcano, o ex-diretor Claudio Dias Lampert e o atual diretor presidente da companhia e ex-diretor financeiro, Eugenio Leite de Figueiredo.
O grupo propôs pagar um total de R$ 450 mil para encerrar o caso sem presunção de culpa ou julgamento. A CVM vetou o acordo por unanimidade. O regulador do mercado destacou ainda que vem apurando questões relacionadas ao grupo X, boa parte das quais referentes à divulgação de informações. Diante disso considera "inoportuno celebrar acordo com o controlador da companhia em um processo envolvendo justamente questões informacionais".