O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lembrou nesta segunda-feira os cinco anos do começo da crise financeira que atingiu seu país e fez um alerta à oposição republicana, com a aproximação de uma batalha pelo teto da dívida.
- Há cinco anos, a crise financeira atingiu Wall Street e derrubou uma economia que já estava em recessão - disse Obama em um discurso na Casa Branca. Esta crise abalou o país nas últimas semanas da campanha presidencial de 2008. "Quando assumi o comando" em janeiro de 2009 "a economia se contraía a um ritmo de 8% ao ano", sustentou.
Obama lembrou os planos de resgate do setor automobilístico e um maciço resgate destinado a recuperar a economia mediante injeção de dinheiro em empresas gigantes do país e retomou o slogan de sua campanha pela reeleição do ano passado, pedindo mais oportunidades de acesso à classe média para quem busca se incorporar a essa faixa da população.
Obama conseguiu, no começo do ano, aplicar mais impostos para os mais ricos, que se beneficiaram de isenções fiscais no governo de seu antecessor, George W. Bush. Contudo, o presidente também quer suprimir algumas normas que beneficiam grandes empresas e os mais ricos.
Orçamento, dívida e seguro de saúde
O projeto de orçamento da Casa Branca para 2013-2014 reflete as ambições do presidente. Contudo, o texto é rejeitado pelos membros do Partido Republicanos, majoritários na Câmara de Deputados, que é chave em questões de orçamento.
O atual ano fiscal termina no final do mês e se a Câmara e o Senado não aprovarem uma lei de Orçamento, o governo seria obrigado a interromper algumas atividades consideradas não-essenciais e milhares de funcionários públicos ficariam desempregados.
Os republicanos buscam cortes em gastos sociais para reduzir o déficit fiscal. Os enfrentamentos com a Casa Branca são comuns desde que voltaram a controlar a Câmara em 2011.
- A missão mais importante do Congresso é votar um orçamento e o Congresso deve fazê-lo sem desencadear outra crise, sem interromper as operações do Estado ou, pior, ameaçar com o não-pagamento das contas do país - alertou o presidente nesta segunda-feira.