Depois da deflação registrada nas últimas semanas, o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) voltou a subir na segunda quadrissemana deste mês (período de 16 de julho a 15 de agosto) com um variação de 0,05%. É o que mostra a pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV). Na primeira leitura do mês, o indicador registrou queda de 0,02%.
Segundo a FGV, cinco das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição para a alta do IPC-S veio do grupo transportes, que saiu de recuo de 0,5% para retração menos intensa, de 0,25%. O destaque desse grupo ficou com o item tarifa de ônibus urbano, cuja taxa negativa passou de 1,89% na primeira medição para 0,81% na segunda quadrissemana de agosto.
Também influenciaram a elevação do IPC-S na passagem da primeira para a segunda leitura do mês os grupos vestuário (de baixa de 1,04% para queda de 0,68%), alimentação (de -0,11% para -0,08%), saúde e cuidados pessoais (de 0,32% para 0,38%) e habitação (de 0,29% para 0,30%).
Em sentido oposto, os alimentos continuam dando alívio à inflação medida pelo (IPC-S). Das cinco maiores influências negativas registradas no âmbito do IPC-S entre a primeira e a segunda leitura do mês, quatro são produtos alimentícios. A exceção foi o item tarifa de ônibus urbano.
A maior variação foi apurada no preço do tomate, que saiu de deflação de 36,54% na primeira leitura deste mês para 25,24%. A segunda maior influência de baixa foi apurada no preço da batata-inglesa, que caiu 8,68% na segunda leitura, depois de variação negativa de 6,17%. A banana-prata também ficou ainda mais barata, ao passar de -5,46% para -6,16%. Já o leite longa vida, apesar da desaceleração entre a primeira e a segunda leitura do mês (de 6,43% para 6,06%), continuou pressionando o grupo alimentação, que no período passou de -0,11% para -0,08%.
Além disso, os gastos dos consumidores com alimentação fora do domicílio ficaram mais elevados na segunda quadrissemana de agosto em 0,47%, de 0,36% na primeira. Outro produto que ficou mais caro foi a cerveja, com alta de 4,14% na primeira quadrissemana de agosto e de 4,33% na segunda. Ainda integram a lista de maiores altas no IPC-S da segunda quadrissemana do mês os itens aluguel residencial (de 0,61% para 0,58%) e plano e seguro de saúde (de 0,64% para 0,65%).