O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,52% em fevereiro em relação ao mês anterior, após registrar alta de 1,29% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal. De acordo com dados divulgados na manhã desta sexta-feira pelo Banco Central (BC), o número passou de 144,71 pontos em janeiro para 143,96 pontos em fevereiro na série dessazonalizada.
A queda de 0,52% do índice, em fevereiro, em relação ao mês anterior, é o maior recuo para esse mês do ano desde fevereiro de 2005, quando a queda também foi de 0,52% na série com ajuste sazonal. Em relação a todos os meses do ano, a queda do IBC-Br em fevereiro de 2013 é a maior variação negativa desde a queda de 0,84% em setembro de 2012 ante agosto do ano passado. O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
Na comparação entres os meses de fevereiro de 2013 e de 2012, houve expansão de 0,44% do índice, na série sem ajustes sazonais. Na série observada, fevereiro terminou com o IBC-Br em 133,87 pontos. Nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro de 2013, o crescimento do IBC-Br foi de 0,87% na série sem ajuste. O IBC-Br registrou expansão de 0,72% na média do período de dezembro de 2012 a fevereiro de 2013 na comparação com os três meses anteriores, na série com ajuste sazonal.
O resultado negativo do IBC-Br em fevereiro, após a alta registrada no mês anterior, aumenta as dúvidas sobre a capacidade de recuperação da economia brasileira, que cresceu apenas 0,9% em todo o ano passado, bem abaixo das previsões iniciais do governo que apontavam para uma expansão de 4% do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB). Indicadores que medem isoladamente o desempenho do comércio e da indústria anunciados recentemente também mostraram resultados pouco animadores.
Considerado uma prévia do PIB, divulgado trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), O IBC-Br é um indicador mensal apurado pelo BC. O índice funciona como um termômetro mais frequente do desempenho da economia brasileira, levando em conta dados sobre o setores de comércio e serviços, indústria e agropecuária.
O IBC-Br é usado pelo Banco Central como um dos fatores para balizar suas decisões sobre a manutenção, aumento ou redução da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 7,25%. A próxima reunião da autoridade monetária para decidir sobre Selic começa na terça-feira, dia 16. O IBC-BR, divulgado hoje, só aumenta as expectativas sobre a decisão do Banco Central na semana que vem.