O ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou nesta quarta-feira qualquer tipo de compensação para o aumento do diesel que entrou em vigor nesta quarta-feira. A medida foi usada pelo governo em junho do ano passado para impedir que o aumento na gasolina e no diesel chegasse às bombas. Na ocasião, o governo zerou a alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para os dois combustíveis, evitando que o ajuste alimentasse a inflação.
- Não, não vai ter nenhuma compensação - garantiu Mantega.
Antes da manifestação de Mantega, o presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Clésio Andrade, havia criticado o reajuste. Segundo Andrade, o aumento gera pressão inflacionária, pois 60% das cargas são transportados pelas rodovias do país com veículos movidos a diesel e, disse ainda, que o impacto no preço do frete deve alcançar 1,25%.
Andrade foi ao Ministério da Fazenda para reunião de Mantega e representantes de entidades empresariais. Participaram do encontro dirigentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação Nacional do Comércio (CNC), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Confederação Nacional do Transporte (CNT) e Confederação Nacional de Serviços (CNS).