Com uma combinação de fatores que incluem clima temperado, solo de rochas basálticas e altitude entre 400 e 800 metros, a serra gaúcha vem consolidando a vocação para a produção de espumantes, item com presença garantida nas festas de final de ano.
- Temos características distintas do restante das regiões da América do Sul. Conseguimos uma acidez um pouco mais elevada nas uvas, o que não é uma característica muito desejável para os vinhos, mas é para os espumantes - explica o pesquisador e professor da Universidade de Caxias do Sul Sergio Echeverrigaray.
Se Argentina, Chile e Uruguai competem diretamente com o vinho gaúcho, isso não ocorre no mercado dos espumantes. Isso porque as uvas nos países vizinhos costumam maturar mais, ganhando açúcar e perdendo acidez.
- Para produzir um bom vinho ou espumante, que se destaque da média, tudo tem de ajudar. A uva deve ser adequada ao produto. Uma região onde a uva mature muito não é adequada ao espumante - complementa o pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Jorge Tonietto.
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Um brinde ao sucesso
Combinação de fatores ajuda serra gaúcha a se destacar na produção de espumantes
Região vem consolidando a vocação para fabricar a bebida, que é item com presença garantida nas festas de final de ano
