A mega-sena de Maria Elena Pereira Johannpeter não é o volante guardado no escritório em sua casa, ao lado de uma imagem de Santa Terezinha do Menino Jesus. Embora ela tente os milhões toda vez que o jogo acumula, sua sorte parece ser outra. E que poderia, muito bem, ser traduzida para a 10ª filha do casal Zeferino e Rosalina, pequenos arrendatários rurais em Morungava, como a procura por encontrar o que ela mesmo define como ser integral. Uma pessoa com equilíbrio na vida pessoal, espiritual, comunitária e profissional.
A mãe de Valéria, Fernanda e Daniela e avó de Leonardo e Bárbara não se contentou com o papel de dondoca, que poderia representar por ser casada há 20 anos com Jorge Gerdau. A razão está nas origens: história de trabalho do pai, que morreu quando ela tinha apenas oito meses, e da mãe, que foi à luta para criar os filhos. E na dela própria que, aos 14 anos, já era office girl.
Madame de lado, então, exemplos de voluntariado na família, com a ideia em mente de que o brasileiro é solidário acima de tudo, ela começou uma atividade que mudaria sua vida há 15 anos. Criou a Parceiros Voluntários, entidade da qual é presidente voluntária e que, das cem instituições e do mesmo número de voluntários iniciais, se multiplicou.
Leia um trecho da entrevista a ZH:
Solidário ou voluntário?
Trabalhamos no desenvolvimento de uma cultura. Não nos interessa o que farás, mas que coloques a mão na massa porque tem grande diferença entre ser doador, solidário e voluntário. Posso expressar a solidariedade com doações ou ideias, aprovo, mas não faço. Como voluntário, disponibilizas três coisas que são mais caras: tempo, conhecimento e emoção.
Leia a íntegra da reportagem na Zero Hora deste domingo