O luxo de muitos estandes e o clima de festa sob os holofotes embalado por músicas de todos os tempos não escondem a preocupação dos fabricantes pelo que vem pela frente. Muitos preferem não fazer estimativas mas admitem que os próximos meses poderão ser tão complicados como foram os primeiros meses após a crise mundial que começou pelos EUA. No ano passado, para enfrentar a queda nas vendas num mercado saturado, em que apenas ocorre a substituição de veículos, os governos da maioria dos países da União Europeia (UE) recorreram a incentivos fiscais para evitar a recessão. As coisas melhoraram, o que não impediu que 2009 fechasse com o emplacamento de 14,5 milhões de veículos e queda em torno de 2% na comparação com 2008, mas um tombo de 9,5% sobre 2007. A tímida recuperação ensaiada no final de 2009 e mesmo o salto de 12,9% nas vendas, em janeiro passado, com 1,058 milhão de unidades não entusiasmaram.Os incentivos fiscais que mascaram a recessão estão terminando e o risco de uma brusca queda nas vendas preocupa. Até porque, em países como a Alemanha - que tem o maior mercado e o maior fabricante de veículos da Europa - nem os incentivos adiantaram.
Um bom tertmômetro será a abertura do Salão a partir de amanhã e a resposta do público para os principais lançamentos, que somam mais de 60 novidades, das quais a metade é de carros de série. Por isso, montadoras em crise como a Saab ou a Opel, que teve a venda pela General Motors suspensa, se esforçam para mostrar o melhor. A sueca lança o novo 95 e a alemã, a Meriva.
*Gilberto Leal viajou para Genebra a convite da Mercedes-Benz do Brasil
Acompanhe completa cobertura no caderno Sobre Rodas desta quinta-feira
Sobre Rodas
Clima descontraído, otimismo nem tanto
Apesar da festa, fabricantes se preocupam com o que vem pela frente
GZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre: