Se você ainda não começou as compras para a ceia de Natal, a hora é essa. Um levantamento feito pelo Procon de Porto Alegre ao longo de três meses mostra como os preços dos itens natalinos têm subido cada vez mais com a aproximação da data. A média de aumento dos itens pesquisados foi de 38,51%, em três meses. E a variação, comparando os produtos, pode chegar a até 151%.
A primeira pesquisa saiu em outubro, a segunda em novembro. E, nesta semana, o órgão divulgou os preços para dezembro. A tabela apresentada pelo Procon traz dados pesquisados em 16 estabelecimentos da Capital. Das mais variadas regiões e faixas de preço, o levantamento traz o custo de 24 itens que comumente aparecem na mesa dos brasileiros durante as refeições do Natal.
Somando todos os preços mais baixos encontrados, o consumidor desembolsaria, em outubro, pouco mais de R$ 210 para adquirir todos os itens. No levantamento desta semana, o valor foi para R$ 291 – um aumento de 38,51% em três meses.
Um exemplo da variação entre a primeira e a última pesquisa já aparece num item simples: a farofa pronta. Em outubro, o preço mais baixo encontrado pelo Procon foi de R$ 2,39 para o pacote de 250 gramas. Neste mês, o valor mínimo já subiu para R$ 2,50 nos locais pesquisados.
As frutas cristalizadas poderiam ser compradas por R$ 1,05 em outubro, na embalagem de 100 gramas. Agora, no mesmo tamanho, o valor mínimo encontrado entre 16 estabelecimentos que o Procon pesquisou foi de R$ 1,55. E quem quiser comprar uma quantidade maior, irá encontrar valores bem mais salgados. O pacote de 200 gramas chega a custar R$ 12,99 – por sinal, a enorme variação de preços entre os estabelecimentos mostra a importância da pesquisa na hora da compra.
Dupla tradicional
Em outubro, o panetone tradicional de 400g poderia ser comprado por R$ 6,09. Agora, o mesmo produto está com valor mínimo de R$ 5,99. Mas, esse preço mais barato foi encontrado em apenas um local, na Zona Sul. Nos demais pontos, o valor é acima do mínimo pesquisado em outubro.
Entre as aves natalinas, o frango comum ganha com folga em seu preço por quilo, podendo ser encontrado R$ 6,88, agora, em dezembro. Quem vai desembolsar mais são os fãs do peru, que está com valor mínimo por quilo de R$ 18,50. A comparação com outubro é mais complicada, pois no primeiro levantamento do Procon, somente um estabelecimento já vendia todas as quatro opções presentes na pesquisa. Mas, para se ter ideia, naquela data o peru poderia ser encontrado por R$ 12,98 o quilo, uma variação de 42,52% em três meses.
Em relação ao tender – pernil de porco defumado e processado –, a diferença entre outubro e dezembro assusta ainda mais. A variação é de 150% – em outubro, o valor do quilo era R$ 5,99. Agora, o preço mais barato encontrado pelo Procon foi de R$ 14,98.
Para aliviar o peso na consciência depois de extrapolar na dieta nesta época do ano, os espumantes aparecem na mesa. E, neste ano, se você não aproveitou para se adiantar, o peso não será na consciência e sim, no bolso. Em outubro, um espumante frisante de 660ml poderia ser encontrado por R$ 3,98. Agora, o preço mínimo é R$ 9,99 – uma variação de impressionantes 151%. Ao menos o espumante sidra variou bem menos que isso. Em outubro, o preço mínimo era R$ 5,95. E na pesquisa divulgada essa semana, o menor preço encontrado era apenas R$ 0,05 maior: R$ 5,99. Assim, optando pela sidra, a dor de cabeça pode ser pela ressaca, e menos pelos gastos.
Dicas de compra
Planejamento prévio e corte de despesas desnecessárias. Estas são duas das principais dicas do Procon para quem vai fazer suas compras de Natal. E isso não é só para a ceia: a pesquisa e escolha pelos presentes também pode seguir estas orientações.
Na hora de pagar, o consumidor pode negociar dependendo da forma de quitação: dinheiro ou cartão. Se o local praticar preços diferentes entre as duas formas de pagamento, isso deve estar exposto em um ponto visível. Na hora de ir comprar, a pesquisa é uma dica importante. Conforme a variação de preços, vale a pena o deslocamento.
– É indicado, também, substituir produtos para economizar. O peru, por exemplo, pode dar lugar a aves mais em conta, como o frango resfriado – explica a diretora do Procon Porto Alegre, Fernanda Borges.