Os consumidores brasileiros que consomem mais de 250 KWh/mês de energia elétrica passaram a contar, desde 1º de janeiro de 2019, com uma opção que promete gerar economia na conta de luz. Residências e pequenos comércios podem agora aderir à tarifa branca na conta de luz — uma variação do valor da energia conforme o dia e o horário do consumo.
A tarifa branca de energia, uma novidade que oferece luz mais barata em horários que fogem daqueles de pico tradicional, quando o consumo é intenso. A opção é oferecida aos consumidores localizados em áreas atendidas em baixa tensão (127V, 220V, 380V ou 440V). Quem não quiser adotá-la, segue pagando a conta de luz atual, sem alteração.
Em todo o Brasil, de acordo Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cerca de 15,9 milhões de unidades consumidoras poderão fazer a mudança, que até o ano passado só era possível para quem tinha uma média de consumo superior a 500 kW/h. Em 2020, a tarifa branca estará disponível para qualquer consumo.
Não se trata de garantia de conta de luz mais barata. Na verdade, a fatura pode ficar mais cara. Isso porque o consumidor precisa usar a energia nos períodos de menor demanda, como manhã e tarde. Nos dias úteis, a tarifa branca terá três faixas de horário: ponta, intermediário e fora de ponta.
Quanto mais o consumidor deslocar o consumo para o período fora de ponta, maior o é desconto na conta. Mas se o consumo for maior nos períodos de ponta e intermediário, a luz ficará mais cara do que a tarifa convencional paga atualmente.
A Aneel reforça que a adesão privilegia quem tem flexibilidade para consumir mais durante o dia e reduzir à noite. Quando não houver a possibilidade de concentrar o consumo fora do horário de ponta, o novo modelo não será vantajoso. Antes de optar, é preciso uma análise do perfil de consumo e dos hábitos ao longo do dia.