As ofertas na Black Friday são tentadoras, mas nem sempre vantajosas. Um dos motivos pode estar relacionado aos objetos mais desejados. De acordo com Alfredo Meneghetti, consultor de finanças pessoais e professor de economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), o consumidor deve ter cuidado ao comprar produtos tecnológicos que estão em promoção.
— Alguns lojistas aproveitam para colocar nas prateleiras produtos estocados há muito tempo. Nestes casos, por exemplo, os celulares defasados possuem um preço atraente, mas não têm a mesma capacidade de um smartphone de modelo atual, ou seja, o consumidor sai no prejuízo e, depois, acaba tendo que trocar de produto antes do tempo porque ele não atendeu às expectativas — explica.
— O consumidor também deve avaliar se realmente precisa daquele produto, para não comprar por impulso nem entrar na bolha do superendividamento sem qualquer necessidade — acrescenta Ione Amorim, economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
De acordo com Wendy Haddad, contadora, economista e professora do curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), outro alerta é cuidar lojas que aumentam os preços semanas antes da Black Friday para dar uma falsa impressão de oferta.
Confira a lista do que não vale a pena ser comprado, segundo os economistas ouvidos nesta reportagem:
- Smartphones de modelos antigos
- Produtos que não serão úteis, mas que estão em promoção
- Medicamentos e alimentos perecíveis em lojas online
- Roupas e calçados sem política de troca transparente
- Material escolar: a melhor época é na volta às aulas
- Itens de cama, mesa e banho: após o Natal, as promoções são melhores
- Brinquedos, pois costumam estar com bons preços depois do Natal
- Joias: as promoções são melhores perto do Dia dos Namorados — data comemorada em junho no Brasil e no mês de fevereiro em sites internacionais
- Itens que seu orçamento não comporta.