Trabalhadores dos Correios iniciaram uma greve nacional nesta segunda-feira (12) em manifestação ao julgamento de alterações no benefício do plano de saúde, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. Apesar do movimento de paralisação, as agências dos Correios funcionam normalmente na Capital, conforme os Correios.
O julgamento no TST vai definir a alteração ou a manutenção das diretrizes para o benefício do plano de saúde dos servidores. O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintec-RS) afirma que a empresa descumpriu parte do acordo coletivo e quer que os funcionários passem a custear parte dos benefícios. Já os Correios, em nota, destaca que, atualmente, o plano de saúde da categoria contempla, além dos empregados, dependentes e cônjuges, pais e mães dos titulares. Ainda conforme a nota, os custos do plano de saúde dos trabalhadores representam 10% do faturamento dos Correios, o que corresponde a um orçamento de R$ 1,8 bilhão ao ano.
O balanço dos Correios também informa que, no Rio Grande do Sul, 90,78% compareceram ao trabalho nesta segunda, o que corresponde a 6.542 empregados. Os carteiros formam a maior parte da adesão. De acordo com os Correios, o percentual de carteiros em greve no Estado é de 16,9% dos 2,8 mil. O Sintec-RS afirma que o percentual é de 70%. O fato de a maior parte dos grevistas estar no setor de saída implica problemas na entrega de correspondências e de encomendas.
Conforme a assessoria da empresa, ainda não há registro de problemas no serviço em todo o Estado. Os locais estão abertos e com "todos os serviços disponíveis", afirma a nota.
Em Porto Alegre, a Agência Central dos Correios, localizada na Rua Siqueira Campos, no Centro Histórico, tinha movimento tranquilo por volta das 15h. Já no bairro Azenha, a agência local registrava movimento acentuado. Contudo, funcionários relataram à reportagem que não houve problemas nos serviços da agência.
Único carteiro posicionado em frente a Agência Central dos Correios, Diogenes do Santos Rocha afirma que a empresa está sucateando o serviço e que as alterações no plano de saúde podem prejudicar a renda dos servidores:
— Eles querem aumentar muito a porcentagem. Nós, carteiros, recebemos tão pouco. Isso vai afetar no nosso orçamento.