É inegável que vivemos em tempos exponenciais onde as startups são protagonistas e provocam mudanças extremas na forma como fazemos negócios. Nesse contexto, é normal nos perguntarmos se nossas empresas são tão inovadoras quanto aquelas que nascem no Vale do Silício, Israel e outras regiões do mundo consideradas referência em inovação.
Essa revolução não ocorre em um setor específico, mas sim, em todos, inclusive no agronegócio, que representa quase 25% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e onde apresentamos competitividade invejável. Com isso, nosso potencial de gerar startups que possam ter relevância global para o avanço tecnológico do agro é chave na manutenção de mercados e do destaque brasileiro no setor.
É importante olharmos as agrotechs que estão nascendo por todo o Brasil, inclusive, mais recentemente, em Santa Maria. Com a instituição da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia, em 2015, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), viu a necessidade de criar a Pulsar – incubadora da universidade que, por sua vez, assinou os primeiros contratos em julho de 2016.
Hoje, do total de startups que estão na Pulsar, um terço dos empreendimentos em incubação e pré-incubação são focados no agro. Assim, temos a Auster Tecnologia que desenvolve drones e, a partir de algoritmos próprios, gera recomendações para o controle de nematoides da soja, o que reduz o custo.
O portal Mais Soja, que em pouco mais de dois anos, já é um dos maiores do agro em número de visualizações e engajamento, oferece cursos EAD de alta qualidade. O Agroclube, por
Essas empresas, além de criarem tecnologias, inovam no modelo de negócio a exemplo das líderes globais. Assim, é óbvio que nossas startups são tão competitivas quanto qualquer outra, assegurando a excelência futura do agronegócio.
sua vez, é um marketplace que proporciona a redução no custo de aquisição de insumos a produtores rurais. A CowMed, primeira investida do Fundo Criatec3, atua com zootecnia de precisão, com previsão de cio e patologias em vacas leiteiras, proporcionando ganhos incríveis aos seus clientes.
Essas empresas, além de criarem tecnologias, inovam no modelo de negócio, a exemplo das líderes globais.
Assim, é óbvio que nossas startups são tão competitivas quanto qualquer outra, assegurando a excelência futura do agronegócio.
Para esse sucesso, o fator primordial é a capacidade do talento humano formado por nossas universidades.
Silon Procath é agrônomo, doutor em Ciência e Tecnologia Agroindustrial e Coordenador de Empreendedorismo da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
silon.silva@ufsm.br