Há muito tempo, ouvimos falar sobre a importância da integração de diversas formas de manejo para o controle de pestes. O MIP, sigla utilizada para designar o manejo integrado de pragas, visa elevada eficiência de controle reduzindo os problemas relacionados à resistência desses organismos.
Um dos desafios para sua real aplicabilidade nas lavouras é a conscientização do produtor de que esse tipo de técnica tem bons resultados no curto, médio e longo prazos. O levantamento de pragas e as novas tecnologias que auxiliam no monitoramento e previsibilidade da ocorrência de pestes são ferramentas que impulsionam o MIP e garantem maior efetividade.
Neste contexto, os biodefensivos contribuem positivamente para lavouras cada vez mais saudáveis e rentáveis, inclusive do ponto de vista financeiro. Os defensivos biológicos, em geral, garantem efeito residual superior a muitas das alternativas existentes no mercado. Ou seja, garantem período maior de controle, em níveis de baixo impacto econômico, de pragas, doenças e nematoides. Além disso, é importante ferramenta para reduzir os problemas de resistência das plantações pelo uso irracional de defensivos químicos.
A evolução deste mercado é algo que vem acontecendo ao longo dos anos e veio para ficar. Sempre atentos à evolução das formulações, processos de aplicação e utilização de novos organismos, as indústrias produtoras desse tipo de insumo para o campo estão se modernizando dia após dia, o que só traz ganhos para o segmento agrícola no geral.
Segundo dados da Embrapa Informática Agropecuária, 95% do aumento da produção mundial de alimentos terá de vir de ganhos de produtividade e de tecnologias que auxiliem o agricultor, que precisará fazer mais com menos, de modo mais eficiente, rápido e com menos custos. Isso incluirá a utilização de novas soluções, incluindo os biodefensivos.
O controle biológico merece destaque dentre as soluções de MIP, pois no Brasil temos casos efetivos de sua eficácia, como a contenção da cigarrinha das raízes em cana-de-açúcar feito com o fungo metarhizium anisopliae e de lagartas com a bactéria bacillus thuringiensis. Esses exemplos mostram como é possível o emprego desses métodos em grandes escalas e com elevados níveis de eficiência, entre outras vantagens.
Sabemos que em um país tropical como o nosso, por exemplo, a incidência de pragas torna-se desafio ainda maior, mas, sem dúvida, nesse contexto, os defensivos biológicos vieram para tornar o MIP ainda mais efetivo. Aposte nisso!