Parque tecnológico da PUCRS, o Tecnopuc lançou o desafio de criar 1 mil startups nos próximos dez anos. Está escrito lá no planejamento estratégico, inclusive. Nos 15 anos do empreendimento, foram geradas cerca de 150 destas empresas, que são chamadas de startups e conhecidas pelo baixo investimento inicial com potencial de crescimento rápido.
Atualmente, há 32 startups no Tecnopuc. Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy quer ter 120 já em 2019. Em média, elas ficam no parque tecnológico entre seis meses e dois anos. No máximo, três anos.
O foco, é claro, está em estimular os próprios alunos da universidade a empreenderem. O Tecnopuc tem espaço para todas as áreas, mas a preferência é para startups de tecnologia da informação e comunicação, fintech, saúde, indústria criativa, engenharia e biotecnologia.
Taxa de mortalidade
Startups têm uma "taxa de mortalidade" alta. Jorge Audy defende que, para evitar o fim da empresa e aumentar a taxa de sucesso, é preciso de um bom ecossistema. Ou seja, um ambiente que facilite a vida destes empreendedores.
- Não há diferença entre nossos universitários daqui e os estudantes dos Estados Unidos ou da Finlândia. A diferença está no ecossistema onde são criadas as startups e o acesso ao capital de risco.
Ecossistema
O Tecnopuc usa como atrativo o apoio na área de negócios e abertura de capital. O superintendente ilustra: do apoio na burocracia de abertura da empresa até rodadas de investimento no capital de risco.
No café e no elevador
O tal ecossistema vai além. Audy fala da relação entre as empresas que estão no parque tecnológico. Não são apenas startups, mas também companhias grandes e consolidadas. Sem falar nas chamadas aceleradoras, que existem para potencializar os negócios.
- As pessoas se encontram e conversam no elevador e no café. Aliás, o café está sempre lotado e eu brinco que meu escritório é ali - diz Jorge Audy.
Capital de risco
É o investimento financeiro nas startups, ou seja, crédito para estes empreendedores aplicarem no negócio. O capital entra na fase inicial da empresa.
- Com tantas garantias exigidas no modelo tradicional, tenho que provar que não preciso de dinheiro para conseguir o crédito - brinca o superintendente.
Quem coloca dinheiro em um startup está investindo por acreditar na ideia e no potencial do empreendedor.
- Na área de startups, estamos falando de gurizada.
E para fechar, Audy lembra que há um parque tecnológico chinês que tem 4,5 mil startups. É o que existe no Brasil todo. Ou seja, há espaço para crescer.