A previsão para a colheita da maçã neste ano é de 430 mil toneladas no Rio Grande do Sul. Conforme o presidente da Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã (Agapomi), Eliseu Zardo Boeno, essa estimativa é tomada com base em informações de produtores que já iniciaram a colheita. Ele ressalta que esse valor ainda é inicial e depende do que ocorrerá ao longo da safra, principalmente em termos climáticos. A colheita está na média dos últimos anos, e é menor que a do ano passado, quando ocorreu uma safra cheia, de 511 mil toneladas.
O maior volume da safra se estende até meados de maio, com o encerramento da colheita da variedade Fuji. No momento, a Gala já está sendo colhida, mas de forma inicial em Vacaria, que produz metade da maçã do Estado. A abertura oficial da colheita ocorreu no último sábado (27) no município na Estação Experimental da Embrapa. Ao contrário do que ocorre na safra da uva, que está antecipada, Boeno informa que o cronograma da maçã está dentro do normal.
O presidente da Agapomi estima que o volume já extraído não supere os 4%. A maior intensidade da colheita da Gala é esperada a partir da semana do dia 05 de fevereiro, com o trabalho mais forte se mantendo nas duas semanas seguintes.
Até o momento, Boeno informa que a qualidade da maçã está dentro da normalidade, apesar das chuvas das últimas semanas. Com o clima mais úmido, a preocupação é com doenças como a "Glomerella", que também ataca as uvas. Outro fator que pode interferir na safra é uma eventual queda de granizo. Mas até agora, não houve registro relevante de estragos.