Frio, falta de tempo, preguiça, trânsito caótico: tudo funciona como desculpa para ficar parada sem ir para a academia, certo? Mas é possível se exercitar em poucos minutos em casa ou qualquer outro lugar, sem nenhum aparelho especial. Com origem no HIIT (High Intensity Interval Training ou Treinamento Intervalado de Alta Intensidade), os treinos caseiros são uma tendência dentro da rotina de corre-corre porque unem praticidade e rapidez com resultados. Um dos treinamentos que ganha mais adeptos a cada dia é o Sistema Queima de 48 Horas, desenvolvido pelo gaúcho Vinícius Possebon e que atinge mais de 30 mil pessoas por meio dos vídeos que ele comercializa.
Conhecido como Q48, o método nasceu durante o trabalho de conclusão de curso do profissional de Educação Física, que buscava entender qual a atividade mais indicada para emagrecer:
– Descobri que não é só o gasto calórico que interessa.
Assista ao vídeo e confira:
A gente vê centenas de pessoas com gasto calórico diário e que não perdem peso. Por que isso? Vi que a grande sacada para o emagrecimento não é o quanto de calorias você gasta durante o exercício, mas, sim, o que acontece com o seu corpo quando a atividade termina – justifica.
Por isso, a metodologia exige do aluno de dois a 15 minutos por dia para realizar uma série de exercícios capazes de alterar o corpo nas horas seguintes à prática. Ou seja: você faz as séries em uma intensidade tão alta que seu metabolismo fica acelerado o bastante para seguir derretendo gordurinhas por, em média, 48 horas. Claro que esse tempo varia de acordo com o grau de treinamento de cada indivíduo: uma pessoa mais sedentária pode ficar com o corpo alterado por até 72 horas.
Na prática, isso significa que foi-se o tempo em que era preciso rodar durante muito tempo em cima de uma esteira ou passar horas em um aparelho de transport para manter o corpo em dia. Além do ganho estético, a prática ainda promove melhora da musculatura e do sistema cardiorrespiratório.
Quem pode fazer?
Antes de se jogar em um programa online de exercícios, o mais indicado é fazer um check up com um médico para afastar qualquer risco de problema cardiovascular. Se for liberada, o interessante é começar a prática dentro dos seus limites.
– Como parâmetro, a pessoa deve acabar a atividade confortavelmente cansada – orienta a presidente do Conselho Regional de Educação Física, Carmen Masson.
Dores também devem alertar sobre algo que não está correndo bem. Pode ser uma execução incorreta ou mesmo o surgimento de algum outro problema. O melhor, nesses casos, é suspender o treinamento.
Opinião da repórter
De passagem por Porto Alegre na última semana, Vinícius mostrou como é possível (sim!) ficar “acabada” com apenas quatro minutos. Em uma série composta por quatro exercícios, realizados em 20 segundos e com 10 de descanso ativo (fazendo corrida no lugar), fiquei muito cansada. E olha que sou o que chamam de “rata de academia”. Fiz burpees, escalada, prancha e agachamentos tão intensamente que mal sentia minhas pernas ao término do treino. Realmente foi muito intenso e cansativo. O melhor de tudo: não precisei ir à academia com aquele frio!
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