Eu fui dormir num noite cheia de planos para o dia seguinte. Mas o despertador não funcionou, e acordei atrasada. Se tem coisa que odeio é acordar atrasada. Saltar da cama e quase dependurar-se no ventilador de teto, ainda sem ar de tanta ansiedade, com os olhos esbugalhados e a sensação de que foi dada a largada e fiquei para trás.
TEM COISA PIOR DE MANHÃ?
TEM
SIM, TEM…
O QUE É, MARIANA?
PISAR NO MEU RABO
Bento tem dois lugares para dormir no quarto. Ele pode escolher a cama ou o colchão. Mas parece que adivinha quando vou acordar atrasada e resolve dormir no chão ao meu lado. Então, depois de aterrissar de volta do salto até o ventilador de teto, atirar as cobertas para cima e dar um voadora rumo ao banheiro, sem querer piso bem no centro do rabo do animal.
É UMA CENA HORRÍVEL
ELE QUASE TRUCIDA A PERNA DELA
Mais ou menos assim, olha!
TUBARÃO = BENTO
FOCA = MARIANA
Mas eu continuo amando ele mais e mais. Não guardo rancor e nem ressentimentos. Acho que aprendi esta virtude divina com os cães. Bento completou 15 anos no último dia 1 de fevereiro. Nos encontramos quando ele tinha um mês de vida. Há 15 anos vivemos juntos dia a dia. Aprendi e aprendo diariamente com ele.
NÓS DOIS HÁ 15 ANOS
Dia desses, chegou a mim um texto encantador sobre cachorros. Buscava responder à pergunta “porque os cães vivem menos que as pessoas?”. O texto é creditado a um veterinário anônimo e traz lições de vida tão simples, porém tão preciosas, que me vi no dever de reproduzir neste espaço. O meu desejo aos leitores da coluna neste ano que enfim se inicia passado o Carnaval é que cultivem a maravilha de colocar em prática essas lições.
VAMOS LER?
“Sendo um veterinário, fui chamado para examinar um cão de 13 anos de idade chamado Batuta. A família esperava por um milagre. Examinei Batuta e descobri que ele estava morrendo de câncer e que eu não poderia fazer nada. Batuta foi cercado pela família. O menino, Pedro, parecia tão calmo, acariciando o cão pela última vez, e eu me perguntava se ele entendia o que estava acontecendo. Em poucos minutos, Batuta caiu pacificamente dormindo para nunca mais acordar.
O garotinho parecia aceitar sem dificuldade. Ouvi a mãe perguntando por que a vida dos cães é mais curta do que a dos seres humanos? Pedro disse: “Eu sei o porquê.” A explicação do menino mudou minha maneira de ver a vida. Ele falou: ”A gente vem ao mundo para aprender a viver uma boa vida, como amar aos outros o tempo todo e ser boa pessoa, né?! Como os cães já nascem sabendo fazer tudo isso, eles não têm que viver por tanto tempo como nós.”
GAROTO ESPERTO
A moral da história é: se um cão fosse seu professor, você aprenderia coisas como:
- Quando teus entes queridos chegarem em casa, sempre corra para cumprimentá-los.
- Nunca deixe passar uma oportunidade de ir passear.
- Permita que a experiência do ar fresco e do vento no seu rosto seja de puro êxtase.
- Tire cochilos.
- Alongue-se antes de se levantar.
- Corra, salte e brinque diariamente.
- Melhore a sua atenção e deixe as pessoas te tocarem.
- Evite “morder” quando apenas um “rosnado” seria suficiente.
- Em um clima muito quente, beba muita água e deite-se na sombra de uma árvore frondosa.
- Quando você estiver feliz, dance movendo todo o seu corpo.
- Delicie-se com a simples alegria de uma longa caminhada.
- Seja fiel.
- Nunca pretenda ser algo que não é.
- Se o que você quer está enterrado, cave até encontrar.
E nunca se esqueça: quando alguém tiver num mal dia, fique em silêncio, sente-se próximo e suavemente faça-o sentir que você está ali”.
NÃO É TÃO DIFÍCIL ASSIM