Francis Ford Coppola, 85 anos, está enfrentando acusações de assédio sexual movidas pela atriz Lauren Pagone, que atuou como figurante no novo filme do cineasta, Megalópolis. A artista alega que o diretor teria abraçado, beijado e apalpado ela sem consentimento durante as filmagens de uma das cenas da produção.
De acordo com informações divulgadas pelo Deadline nesta quarta-feira (10), o processo, que corre na Georgia, nos Estados Unidos, também inclui como réus as empresas Rose Locke Casting e DL Casting, responsáveis pela contratação de Lauren Pagone para o longa-metragem.
A atriz pede uma indenização por danos morais e solicita que o caso vá a júri. Até o momento, o cineasta e a sua equipe jurídica não se manifestaram sobre o processo.
Diretor processa revista por difamação
Recentemente, os advogados de Coppola entraram com uma ação na corte da Califórnia contra a revista Variety por difamação em resposta a uma reportagem publicada no dia 26 de julho.
A matéria em questão traz detalhes sobre uma acusação de assédio envolvendo outras figurantes de Megalópolis. Atrizes não identificadas dizem que Coppola também teria tentado beijá-las durante as gravações e citam que ele apresentou um comportamento "pouco profissional" no set. O material, inclusive, apresenta um vídeo de uma das supostas situações.
Alguns dias depois da publicação, a atriz figurante Rayna Menz, que fez parte do elenco, veio a público defender o diretor. Ela negou que o cineasta tenha se comportado de forma inadequada.
— Ele não fez nada para fazer qualquer um no set se sentir desconfortável —disse Rayna ao Deadline.
Diante da repercussão da reportagem da Variety, os advogados de Coppola pedem uma indenização de US$ 15 milhões, o que equivale a cerca de R$ 84,7 milhões, da revista e dos jornalistas envolvidos na acusação.