Paris Hilton revelou que "foi forçada a tomar medicamentos e abusada sexualmente por funcionários" em um internato na adolescência. A socialite falou sobre o assunto na quarta-feira (26), durante participação em um painel sediado no comitê da Câmara dos Estados Unidos, que discutia medidas de proteção ao bem-estar infantil.
— Fui violentamente contida e arrastada pelos corredores, despida e jogada em confinamento solitário — declarou Paris, afirmando ter se sentido em um "sequestro aprovado pelos pais".
Definindo a experiência como "isoladora e traumática", com chamadas monitoradas para que ela não denunciasse a instituição para a família, a modelo solicitou aos legisladores a aprovação de uma lei para fortalecer a supervisão de programas residenciais para jovens. Além disso, ela pleiteou a criação de uma Declaração de Direitos para crianças em instalações juvenis.
— É realmente difícil contar a alguém no mundo exterior. Muitas dessas crianças são descredibilizadas, pois estes lugares dizem aos pais que elas estão mentindo e estão os manipulando porque querem ir para casa — argumentou.
Paris Hilton já havia contado sobre um estupro que sofreu aos 15 anos, quando ela e as amigas conheceram homens mais velhos em um shopping e eles as convidaram para sair e deram bebidas alcoólicas às meninas.
Terapia na selva
A socialite, que foi enviada a "escolas de crescimento emocional" na adolescência, falou pela primeira vez sobre a relação com os wilderness therapy programs (programas de terapia na selva, em tradução livre) no documentário This is Paris, lançado em 2020.
Criado por Steve Cartisano em 1988, o conceito consiste em reformar crianças rebeldes por meio da implementação de habilidades de sobrevivência. O programa dele tinha início com o sequestro dessas crianças (com consentimento dos pais), forçando-as a embarcar em uma caminhada de 800 quilômetros pelo deserto de Utah.