Thalita Zampirolli, rainha de bateria da Unidos de Padre Miguel, pode ser a primeira mulher trans no posto no Grupo Especial do Rio. Se seguir no cargo, a empresária, que já desfilou duas vezes pela agremiação, estreia na elite no próximo ano após a vitória da escola de samba na Série Ouro do carnaval carioca.
A passista comentou a expectativa na escola de samba ao jornal Extra:
— A Unidos de Padre Miguel sempre foi uma escola sem preconceitos. Eles sempre acreditaram no poder da força feminina — afirmou Thalita. — Eu, nesta posição de rainha de bateria, quero apenas dizer que o lugar da mulher trans é onde ela quiser. Tenho orgulho de ser empresária, atriz e rainha de uma grande escola.
Durante a conversa, ela também lembrou da trajetória até reinar à frente da Unidos de Padre Miguel. Thalita contou que antes de se tornar uma empresária de sucesso, sofreu preconceito por ser uma mulher trans.
— Cheguei a levar uma laranja podre na cabeça quando estava em uma feira, mas eu conseguir chegar aonde Deus me colocou e hoje eu sou uma mulher bem-sucedida — avaliou.
A Unidos de Padre Miguel conquistou o campeonato da Série Ouro na quarta-feira (14) e vai desfilar no Grupo Especial em 2025.