J.K. Rowling, a autora da saga Harry Potter, apresentou, nesta segunda-feira (12), uma plataforma criada por ela para ajudar mulheres vítimas de violência sexual. A organização, chamada de Beira's Place, propõe "um serviço de apoio às mulheres administrado por mulheres".
O objetivo é oferecer ajuda gratuita na região da capital escocesa, Edimburgo, onde a escritora mora, a qualquer mulher com mais de 16 anos que tenha sofrido violência sexual. O Beira's Place é financiado pela própria autora.
Nos últimos anos, J.K. Rowling se tornou uma firme defensora dos direitos das mulheres. Entretanto, vem sofrendo críticas do público por se opor à causa de ativistas transexuais.
As acusações de transfobia contra Rowling começaram em 2019, quando ela usou o Twitter para expressar sua solidariedade a uma empresária inglesa que havia sido demitida por seus comentários transfóbicos. Depois, ela foi novamente criticada por fazer piada do uso do termo “pessoas que menstruam” para se referir a mulheres cisgênero.
As falas de Rowling resultaram em críticas tanto de seus fãs quanto de membros do elenco dos filmes da franquia Harry Potter. O posicionamento dela foi criticado por Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Bonnie Wright e Katie Leung. O ator Eddie Redmayne, protagonista dos filmes Animais Fantásticos, inspirados nos livros de Rowling, também lamentou as falas da escritora.
O anúncio sobre o projeto ocorre em um momento no qual o parlamento escocês estuda um projeto de lei polêmico com o objetivo de facilitar a transição das pessoas transgênero. J.K. Rowling expressou seu repúdio ao texto.