A atriz americana Amber Heard, 36 anos, anunciou, nesta segunda-feira (19), que chegou a um acordo no caso de difamação movido contra ela por seu ex-marido, o também ator Johnny Depp, 59.
A artista, que fez o anúncio em uma publicação no Instagram, não divulgou os termos da combinação, que ocorreu depois que um júri no estado americano da Virgínia, na costa leste dos Estados Unidos, ordenou que ela pagasse US$ 10 milhões a Depp.
A atriz disse que retiraria seu recurso da indenização que foi ordenada a pagar a Depp porque ela "simplesmente" não é capaz de passar por outro julgamento. Na sentença, foi também determinado que o astro lhe indenizasse em US$ 2 milhões.
"É importante para mim dizer que nunca escolhi isso. Defendi minha verdade e, ao fazê-lo, minha vida como a conhecia foi destruída. A difamação que enfrentei nas redes sociais é uma versão ampliada das formas pelas quais as mulheres são revitimizadas quando se apresentam.Agora finalmente tenho a chance de sair de algo que tentei sair há mais de seis anos e em condições que posso aceitar."
A atriz havia apelado inicialmente do veredito de junho em um tribunal estadual em Fairfax, perto da capital dos Estados Unidos.
Entenda o caso
A batalha legal entre Johnny Depp e Amber Heard surgiu de uma coluna publicada pelo The Washington Post em 2018, na qual ela se descrevia como "uma figura pública que representa a violência doméstica", sem citar o ex-marido.
Depp alegou que o texto havia destruído sua reputação e carreira e processou sua ex-esposa por difamação em US$ 50 milhões por danos e prejuízos. Heard rebateu a denúncia e exigiu o dobro.
Após 47 dias de julgamento, o processo de difamação foi concluído e ambos foram condenados: o júri chegou ao resultado por unanimidade e considerou que a atriz deveria pagar US$ 15 milhões ao ex-marido, mas, posteriormente, a juíza corrigiu o valor para US$ 10 milhões, em razão de limites legais do estado da Virgínia. Já Depp deveria pagar US$ 2 milhões à ex-esposa.
Mesmo com a mútua condenação, a sentença foi desfavorável a ela, uma vez que o júri concordou com os três pontos que o ator considerava difamatórios. Já entre as três declarações do advogado de Depp, Adam Waldman (alvo das acusações de Amber), apenas uma foi considerada difamatória.