Os atores Johnny Depp e Amber Heard foram condenados mutuamente por difamação nesta quarta-feira (1º), em Fairfax, Estados Unidos. O júri chegou ao veredito por unanimidade e considerou que a atriz deveria pagar US$ 15 milhões ao ex-marido, mas, posteriormente, a juíza diminuiu para US$ 10,35 milhões, em razão de limites legais da Virgínia. O valor que Johnny Depp deve pagar à ex-mulher (US$ 2 milhões), no entanto, foi mantido.
Conforme a CNN, os valores que o artista tem a receber representam danos compensatórios (US$ 10 milhões) e punitivos (US$ 5 milhões). Para Heard, o total diz respeito somente a danos compensatórios.
Segundo informações do G1, a única vitória de Amber Heard diz respeito a uma fala do advogado de Depp, que acusava a atriz de ter criado uma emboscada para incriminar o ex-marido durante uma briga em 2016.
Acompanhada de seus advogados, a atriz compareceu ao tribunal para ouvir a decisão. Depp, ao contrário, foi representado por sua equipe de defesa, que comemorou o resultado. Segundo informações do Daily Mail, o ator cumpre agenda de compromissos fora do país e assistiu ao desfecho do processo via vídeo.
Os processos
Depp processou Amber em US$ 50 milhões, acusando a atriz de difamá-lo em um artigo publicado em 2018 no jornal The Washington Post, em que ela escreveu ser "uma figura pública representando o abuso", sem citar o nome dele. Ela entrou com uma reconvenção de US$ 100 milhões contra o protagonista de Piratas do Caribe. Ambos se acusaram de violência doméstica e de destruir a carreira do outro.
O testemunho se arrastou por um julgamento de seis semanas, que expôs a intimidade do casamento dos atores. Amber afirmou que Depp a agrediu fisicamente e sexualmente mais de uma dezena de vezes.
No seu depoimento, Depp disse que nunca bateu na ex-esposa, alegando que ela inventou as acusações de abuso e que foi ela quem o atacou fisicamente várias vezes. Durante as alegações finais, ambos os lados disseram ao júri que um veredito em seu favor devolveria a vida a seus clientes.