A cantora Preta Gil, 47 anos, costuma criticar os efeitos nocivos da pressão estética nas redes sociais e, assim, se tornou um símbolo de empoderamento e representatividade para outras mulheres. Em participação no podcast da jornalista Foquinha, divulgado pelo Gshow nesta terça-feira (5), a artista contou que nem sempre foi dessa forma.
— Até pouco tempo atrás, eu não botava o meu braço de fora. Aí eu comecei a me libertar. Agora coloco o meu braço de fora, uso biquíni cada vez menor.... Antes eu usava biquíni grande, agora é fio dental, praticamente — disse ela no bate-papo sobre autoestima.
Na conversa, que também contou com a participação da influencer Alexandra Gurgel, Preta ainda relembrou a polêmica do início de sua carreira, em 2003, com a capa do CD Prêt-à Porter. Na capa do álbum, ela aparece nua. De acordo com a cantora, na ocasião, a gravadora vetou o lançamento do disco caso ela não colocasse uma tarja na foto.
— É cansativo você ver o tempo todo o seu corpo sendo atacado, sua carreira reduzida a uma foto polêmica. Mas eu faria tudo de novo. Foi um marco na história, não só na minha, como na da mulher brasileira. Durante muito tempo, eu sofri sozinha e calada. Hoje eu não sofro mais — garantiu.
Além de críticas sobre o corpo, Preta também relata receber muitos comentários negativos, principalmente vindos de mulheres, por ter assumido os cabelos brancos.
— Para o homem é normal: "Nossa, está bonito com esse cabelo grisalho". A gente é descartada. Eu sou uma mulher jovem, que tem cabelo branco, e isso não me deixa feia, como muitas mulheres pensam. Tem muita mulher que fala pra pintar, mas eu não vou, a gente tem que começar a normalizar isso — concluiu.