A atriz Fernanda Nobre, que é casada com o diretor José Roberto Jardim, deu detalhes sobre a decisão de optar por um relacionamento aberto com o marido em vídeo compartilhado no perfil do Instagram na noite desta sexta-feira (9).
"Retomei esse assunto porque recebo muitas mensagens para falar mais sobre isso. Não existe certo nem errado, tive vontade de me experimentar em um novo lugar", explicou ela na legenda da publicação.
— Neste ano completamos oito anos juntos, e começamos a nos experimentar nesse lugar faz uns três anos, mais ou menos. Não foi de uma hora para outra, foi aos poucos. Mas foi no auge da nossa paixão, do nosso tesão, do nosso amor e encontro. A gente não começou a abrir para dar uma apimentada porque o relacionamento estava acabando. Não, pelo contrário. No nosso caso, a gente começou a abrir quando tinha certeza que o nosso encontro era o melhor que existia para a gente — começou ela.
Em seguida, a artista explica as vantagens que o casal encontrou no relacionamento aberto.
— Cansei da minha existência no ciúme, sabe? Sempre namorei muito e tive namoros longos e sólidos. Casei pela primeira vez com 21 anos e sempre fui monogâmica. Eu gostava de ser monogâmica, achava que estava sendo leal ao meu comprometimento naquela relação, mas tinha um sentimento que não sabia explicar. Uma sensação, uma insegurança, uma coisa desconfortável. Como se, se eu não controlasse, ele ia me desrespeitar, me trair. Enfim, fui vivendo — continuou.
Ao estudar sobre a origem da monogamia, a artista se deparou com o conceito de propriedade privada.
— Quando comecei a estudar sobre a evolução da mulher na sociedade, entendi o que era aquele sentimento. Aprendi que a monogamia vem da propriedade privada. Foi quando, há centenas de anos, os homens foram deixar o seu patrimônio para os herdeiros e precisavam saber se eram legítimos. Então proibiram que suas mulheres tivessem relações com outros homens. Ou seja, essas mulheres se tornaram suas propriedades. A monogamia tem muito mais a ver com o capital — opinou ela.
Por fim, Fernanda apontou que, para os homens, sempre existiu uma certa permissividade para se relacionar com mais de uma mulher.
— A gente criou esse amor romântico para tornar essa realidade mais palatável. E aí é que está: há centenas de anos, até hoje, verdade seja dita, esses homens sempre viveram relacionamentos abertos. Não sou eu que estou falando, é a história. Óbvio que estou exagerando, que há exceções. Mas existe uma certa permissividade para que esses homens tenham outras mulheres, que eles não sejam leais a esse pacto — concluiu.