Neste domingo (23), a cantora Paula Toller completou 58 anos. Em entrevista ao jornal O Globo, a ex-integrante do grupo Kid Abelha brincou com as piadas que circulam na internet sobre sua "eterna juventude".
— Eles têm razão, sou vampira e durmo no formol — disse, bem-humorada.
Em seguida, confessou que segue uma disciplina de exercícios e cuidados.
— As pessoas querem um creminho, uma explicação, né? Mas a verdade é que sou disciplinada. Malho todos os dias, corro, faço pilates, jogo tênis, pulo corda, pratico musculação. É um sacrifício — contou.
Durante o período de confinamento, por exemplo, Paula explica que treinou no prédio em que mora, subindo e descendo a escada, alternadamente, por 40 minutos. Também relatou já ter aplicado botox.
— Botox eu já apliquei, mas falava sempre: "Não me deixa com a sobrancelha de diabinho". Até que um dia resolvi deixar para lá. Nunca fiz plástica e esqueço de passar creme no rosto — garantiu ela, que também dá crédito à genética. — Meu pai aparentava ser mais jovem.
Mas a cantora afirmou que é preciso ter equilíbrio para que a busca por juventude não vire uma paranoia.
— Estou bem comigo mesma e sei que não sou mais uma menina. Existe um equilíbrio entre o que se faz para se manter bem, adiando a decadência, e a necessidade de evitar que isso vire uma paranoia — refletiu.
Na conversa, ainda relembrou o momento em que começou a ter hábitos mais saudáveis, em 2009, aos 47 anos, quando descobriu ter diabetes do tipo 1.
— Foi um baque — lembrou. — Em seguida, tive hipotireoidismo e veio a menopausa, que é como se acabasse a nossa "validade".
Foi então que cortou o açúcar e passou a ser ainda mais regrada com a alimentação, descartando alimentos processados, e se dedicou mais aos exercícios físicos.
— Tenho a sensação de ser mais saudável hoje — confessou ela, adepta da contagem de carboidratos. — Isso me dá a possibilidade de comer um docinho e tomar uma taça de espumante, e tomo um pouquinho mais de insulina. Mas não estou recomendando nada. Quando me questionam algo, respondo: "Pergunta para o seu médico”.
Na entrevista, a artista, que usa as redes sociais com moderação, também falou sobre a cultura do cancelamento. No ano passado, Paula foi muito criticada por parte da esquerda brasileira por mover uma ação na Justiça pelo uso da canção Pintura Íntima na última campanha presidencial de Fernando Haddad.
— Tenho bastante tempo de estrada, e meus fãs conhecem as minhas atitudes. Não sou youtuber nem influencer, não quero ficar dando minha opinião sobre tudo nem chamar quem me acompanha de seguidor, parece coisa de seita. Não invado a privacidade dos outros com a minha. Até mesmo sobre o significado das letras, gosto de deixar lacunas — concluiu.