O Inter viverá uma nova rotina a partir desta semana. Além de os atletas agora serem examinados diariamente pelos médicos na chegada ao treino, todas as atividades são realizadas ao ar livre, inclusive os exercícios de musculação. Além disso, o álcool gel e as máscaras passaram a ser acessórios presentes por todo lugar no CT Parque Gigante. Após 50 dias de paralisação, a primeira atividade ocorreu ao longo da manhã desta terça (5).
O foco principal do treino é a corrida no gramado, algo que não pode ser feito pelos jogadores em suas casas, quando as atividades estavam paralisadas. Divididos em pequenos grupos e em seis horários diferentes, os atletas correram em fila indiana, mantendo uma distância de pelo menos dois metros. Além disso, várias aparelhos da academia foram transferidos para o gramado, para a realização de exercícios com peso.
Como não há previsão sobre quando o futebol será retomado, a comissão técnica vai reavaliar o programa de exercícios semanalmente. Ao longo desta semana, a rotina deve ser semelhante à do primeiro dia. Havendo alguma perspectiva de data de retorno das competições, os treinamentos devem ser ajustados.
Na chegada ao treino desta terça, os atletas desembarcaram usando máscaras faciais e foram novamente examinados, com aferição da temperatura e da saturação de oxigênio. Essa rotina será diária, sempre no início das atividades, para detectar qualquer suspeita de alteração clínica.
— Montamos um protocolo baseado na segurança de saúde dos atletas. Armamos tendas ao ar livre, onde é feita uma avaliação médica na busca por sintomas. Ontem (segunda), todos foram avaliados para sorologia da covid-19. Avaliamos também temperatura e oximetria. Será uma prática diária, buscando controlar de perto a saúde dos atletas e visando a ter uma atitude ágil, caso haja necessidade. A estrutura montada para treino também é toda externa, com escala de diferentes horários, para que também possam realizar as atividades minimizando os riscos — explicou ao site do Inter o Coordenador de Saúde do clube, o médico Luiz Crescente.
A higiene também é uma preocupação. Ao lado de cada colchonete ou aparelho de musculação, havia uma garrafa de álcool gel. Ao longo da atividade, os profissionais da equipe de apoio ou até os próprios atletas higienizavam os acessórios. Os membros da comissão técnica utilizaram máscaras o tempo todo e diversos funcionários vestiam uma roupa protetora branca, protegidos ainda por máscara facial e viseira.
