O príncipe Harry e Meghan Markle fizeram sua primeira aparição pública depois de divulgar um comunicado anunciando que estão processando um jornal e a associação de mídia britânica. Os dois estiveram nesta quarta-feira (2) no centro YES, que estimula a criatividade e empreendedorismo de jovens na cidade de Tembisa, nos arredores de Joanesburgo.
É o encerramento da viagem do casal real pela África. Eles participaram de um bate-papo sobre o problema do desemprego:
– São momentos como os de hoje, e conhecer todos vocês, que nos inspiram. Seja apoiando jovens empreendedores, capacitando mulheres e meninas ou desafiando a questão da violência de gênero; seja plantando árvores, limpando minas terrestres ou protegendo as mais belas criaturas e lugares do planeta, essas experiências confirmaram nosso amor pela África e as questões que são tão importantes para nós – discursou Harry.
Ele classificou o continente como seu "segundo lar" e prometeu fazer o que puder para ajudar a população a melhorar de vida:
– Vamos defender firmemente o que acreditamos. Temos a sorte de ter uma posição que nos oferece oportunidades surpreendentes e queremos fazer todo o possível para desempenhar nosso papel na construção de um mundo melhor. Sempre procuraremos desafiar a injustiça e falar por aqueles que podem se sentir inéditos. Portanto, não importa sua formação, sua nacionalidade, sua idade ou gênero, sua sexualidade, sua capacidade física, não importa sua circunstância ou cor ou sua pele - acreditamos em você e pretendemos passar a vida inteira garantindo que você tenha o oportunidade de ter sucesso - e mudar o mundo.
No discurso, Harry não mencionou o processo e o assédio da imprensa com Meghan. Na mesma agenda, o casal se encontrou com a viúva de Nelson Mandela, Graça Machel.
A aparição pública do casal real ocorre depois de Harry anunciar o processo contra a Associated Newspapers - editora de jornais e sites no Reino Unido - por uso indevido de informações privadas, violação de direitos autorais e violação da Lei de Proteção de Dados 2018. A ação refere-se à publicação ilegal de uma carta particular, escrita pela duquesa, e divulgada pela imprensa britânica.
Em nota, o príncipe chegou a comparar a perseguição midiática sofrida por Meghan com a que passou sua mãe, a princesa Diana, que faleceu em 1997 em um acidente de carro em Paris quando era perseguida por um grupo de paparazzi.
"Meu maior medo é que a história se repita", afirmou Harry no comunicado. "Perdi minha mãe e agora vejo minha esposa sendo vítima das mesmas forças poderosas", completou.
O caso está sendo financiado em particular pelo duque e pela duquesa de Sussex. Na pendência de uma decisão do Tribunal, o valor de qualquer dano será doado a uma instituição de caridade antibullying.
* com informações da AFP