A maioria das pessoas passa praticamente o dia inteiro entre quatro paredes: sai de casa, vai pro escritório e do escritório volta para casa. Essa rotina, além de monótona, aumenta os níveis de estresse e cansaço, pois a falta de estímulos externos é prejudicial ao nosso corpo e ao nosso cérebro também.
Por isso, algumas pessoas estão correndo a práticas diferentes, que possam trazer mais benefícios para a saúde física e mental. E nessa época em que o calor começa a das caras, os exercícios ao ar livre são excelentes alternativas para quem não gosta de se exercitar em um ambiente fechado, como academias. Além disso, a prática na rua diminui consideravelmente os níveis de stress, tensão e depressão.
Quais os benefícios?
Mesmo que não haja sol aparente, estar ao ar livre nos possibilita receber raios ultravioleta – que existem mesmo em dias nublados –, e que são essenciais para a conversão da vitamina D à sua forma ativa. Hoje em dia, vemos cada vez mais pacientes deficientes nessa vitamina tão importante para nosso organismo, e isso deve-se muito ao estilo de vida que estamos vivendo: enclausurado.
Além da já conhecida função na prevenção da osteoporose, a vitamina D tem inúmeras outras funções no nosso corpo como: melhorar sistema de defesa imunológica, a pressão sanguínea, o humor e a sensação de bem-estar, além de atuar no controle do açúcar no sangue, por exemplo.
Onde ir?
Escolha um parque ou praça que tenha bastante verde. Dessa forma, respira-se um ar mais oxigenado do que aquele que estamos acostumadas: poluído com fumaça tóxica de indústria, carros, cigarros.
As árvores usam gás carbônico para “respirar” e devolvem oxigênio para o ar, exatamente o oposto da gente. Nós utilizamos oxigênio para respirar e devolvemos gás carbônico, por isso, essa sinergia de fazer atividades num ambiente verde traz muitos benefícios para o organismo. Um cérebro mais oxigenado é mais potencializado. Todo nosso sistema livre de toxinas e com mais oxigênio tem mais desempenho tanto no exercício, quanto nas tarefas do dia a dia.
Sem celular
Além disso, fica mais fácil aquietar a mente. É muito comum, em ambientes como academias, as pessoas ficarem mexendo nos celulares, navegando nas redes sociais e não prestarem atenção no treino. Fazer exercício ao ar livre diminui significativamente o uso do equipamento, e nós ainda evitamos os barulhos excessivos de pessoas, música alta e afins de ambientes internos.
Em parques e praças, podemos focar na atividade que estamos fazendo, reduzir a fadiga mental do excesso de estímulos, trabalhar o a percepção do momento presente, melhorando a concentração, a capacidade cognitiva e diminuindo as distrações – e esse estado mental permanece em diversas outras situações do seu dia!
O que fazer?
Aproveite que agora está começando a esquentar e crie o hábito de sair pra rua! Pode ser uma caminhada, corrida, andar de bicicleta, skate ou patins, fazer yoga, treino funcional ou jogar bola. Aproveite todas as áreas verdes que a cidade oferece e potencialize os seus resultados!
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Raquel Lupion é formada em Nutrição e Educação Física, tem especialização em Nutrição Clínica e Mestrado em Ciências do Movimento Humano. Sua motivação é promover um estilo de vida saudável, fugindo de radicalismos e tentando encontrar o caminho do meio entre o que é necessário e o que é prazeroso. Na vida profissional, divide seu tempo entre atender em consultório, dar aulas de yoga, palestrar e ministrar cursos. Escreve semanalmente em revistadonna.com.