No comando da editora Eleone Prestes, o Casa&Cia, publicado semanalmente por Zero Hora, contou muitas histórias de bem-viver em suas páginas. Mas foi fora delas que sua trajetória tornou-se ainda mais importante. Trouxe à cena a necessidade de dar voz a profissionais qualificados no mercado. Mostrou, também, que uma casa aconchegante pode ser feita de ideias simples, captadas e inspiradas em fotos de projetos recheados de tendências.
Todas as semanas, e-mails e telefonemas de leitores chegam à redação com pedidos de dicas. E o volume comprova: o assunto é de interesse de todos, de norte a sul do Estado. Nesta seleção de assuntos, formulação de textos, sessões de fotos, até o último retoque na página, uma equipe é motivada a perseguir o resultado impecável, como se fosse o seu próprio lar.
"Quando tu pensares que acabou, aí, sim, que está começando", costuma dizer Eleone, sobre sua energia para revisar e alterar páginas, não importa o número de vezes.
Neste debut, grande parte do time de jornalistas que integrou a equipe ao longo dos anos é apresentado por aqui. E reunimos mensagens enviadas de diferentes lugares, todas cheias de saudades. Porque quem por aqui passou sabe que sempre terá uma casa para chamar de sua.
Rosele Martins e Eleone Prestes
Rosele Martins
O Casa&Cia foi minha grande escola. Ali aprendi a pensar no serviço que deveria prestar aos leitores, que usam o caderno como um verdadeiro guia, e a planejar uma edição completa, com assuntos variados. Entendi que não adianta só escrever um texto bonito: é preciso informar, acima de tudo. Quem me ensinou isso foi a Eleone, com sua paixão genuína pelo bom jornalismo, pelo caderno que criou e por ajudar a formar quem trabalha com ela. E, como se não fossem suficientes todos esses pontos positivos que já citei, havia mais um: por mais pesado que pudesse ser um fechamento de edição, jamais perdia-se a leveza e o bom humor. Coisa de quem trabalha fazendo o que gosta. Levo essa experiência com muito carinho no coração e morro de orgulho cada vez que ouço elogios feitos ao caderno - e eles não são poucos.
Laura Coutinho
Fernanda Duarte e Lucca
Laura Coutinho
Estreei como repórter no Casa e Cia e não poderia ter tido melhor escola. Recém-formada, aprendi na prática os preceitos mais importantes do jornalismo: serviço ao leitor em primeiro lugar, relevância e informação de primeira, fruto de muita apuração e checagem incansável de cada detalhe, da metragem correta do living ampliado ao revestimento utilizado no projeto. Outro grande aprendizado foi ver que, mesmo tratando o trabalho com toda seriedade que ele merece, é possível ser divertido e leve, sem esquecer do humor - e dedicando um tempinho para boas gargalhadas - mesmo nos momentos mais tensos de fechamento.
Para completar, o caderno me trouxe amigos profissionais que servirao de inspiração pela vida afora como Carlos Edler, Rosele Martins e Eleone Prestes.
Tenho muito orgulho de ter feito parte da equipe desse caderno que virou referência quando o assunto é arquitetura e bom gosto. Parabéns!
Fernanda Duarte
Fazer parte da família Casa&Cia foi uma experiência incrível pra mim! Ingressei no caderno em março de 2008 como repórter, integrando a equipe juntamente com a Renata Maynart como editora assistente, com o querido Carlos Edler como fotógrafo e com a amada Eleone Prestes como editora. Foram quase quatro anos de muitas pautas, risadas e aprendizados. Vivenciei um mundo novo de texturas, matérias, projetos arquitetônicos, designers e artesanatos fantásticos e também fiz muitas viagens bacanas para cobrir feiras e mostras de arquitetura e decoração na Serra, no Litoral e em outros Estados. O cuidado com o tratamento das imagens na escolha dos melhores ângulos, o trabalho delicado de diagramação da Ana Maria Benedetti e a preocupação de que cada texto detalhe com fidelidade os projetos apresentados me deram uma bagagem profissional única. Sou muito grata de poder ter feito parte dessa equipe que, vez por outra, também acolhia a queridíssima Maria Amélia Vargas na força-tarefa de grandes coberturas. Obrigada família Casa&Cia por aprendido e contribuído nesses 15 anos de história! Parabéns a todos nós!
Eleone Prestes, Mylena Fiori, Vanessa Lopes e Eduardo Aigner
Vanessa Lopes
No Casa&Cia, aprendi que o jornalismo pode unir glamour e serviço em um único produto, que diga-se de passagem, tornou-se referência quando o tema é decoração e arquitetura. Obrigada, Eleone, pelas aulas!
Mylena Fiori
O Casa & Cia foi um dos primeiros suplementos de decoracao do pais e tive o privilegio de participar desde o comecinho. Desenvolvemos o projeto, pensamos em cada seçào, escolhemos o nome e botamos pra rodar sem saber como seria. E lá se vao 15 anos de muito sucesso. Sempre terei um carinho especial pelo caderno.
Silvia Lisboa
Silvia Lisboa
O Casa&Cia marcou o início da minha carreira na ZH. Vinda de uma revista de economia, escrever em um caderno de arquitetura e decoração foi um desafio, que teve a ajuda competente e carinhosa da Eleone Prestes e da Rosele Martins. Foi um grande aprendizado, especialmente porque me permitiu descobrir a importância e o sentido que o lar e a arquitetura têm na vida da gente. Parabéns pelos 15 anos! Meus votos de vida muito longa a este caderno especial.
Camila Saccomori, Tatiana Cruz, Carlos Edler, Renata Maynart e Eleone Prestes
Camila Saccomori
Minha passagem pelo Casa&Cia coincidiu com um "faça você mesmo" intenso na minha vida. Havia acabado de me mudar para um apartamento próprio e estava em função de decorá-lo sozinha. Cada pauta para o caderno me inspirava ainda mais. Cada entrevista com arquitetos, designers e paisagistas me fazia ver o mundo de outra maneira. Cada visita a alguma loja ou evento temático era sempre uma experiência incrível. Conhecer diferentes estilos de vida, de arte e beleza descortinaram infinitas possibilidades que até hoje, cinco após ter saído do Casa&Cia, ainda me acompanham em lembranças. E o melhor de tudo: as amizades conquistadas desde então seguem comigo. Obrigada pelo convite, Eleone, e pela parceria!
Tatiana Cruz
Minha aproximação com o Casa&Cia foi como um acidente de percurso. Eu era repórter iniciante de economia, sonhava em fazer polícia, morava sozinha, trabalhava o dia inteiro e mal sabia a diferença entre persiana e veneziana. Ok, exageros à parte. O que quero dizer é que não tinha interesse, à época, em arquitetura e decoração e me sentia como um peixe fora d´água. Porém, o acaso tem suas doces surpresas e o ingresso no caderno foi, na vida e na profissão, um divisor de águas. Na vida, porque foi por obra dele, do caderno, que encontrei um amor e um colega de trabalho até hoje, pai das minhas filhas, o fotógrafo Carlos Edler. Na profissão, porque a passagem pelo Casa&Cia, sob a tutela da Eleone Prestes e da Rosele Martins, refinou meu texto, qualificou meu garimpo pela palavra exata, apurou meu olhar para o detalhe. Eu, que adorava contar histórias de gente, via-me ali, entre os metros quadrados, meio perdida de vida. Só que é o contrário. Uma casa é vida. Por trás da disposição dos móveis, das aberturas, das texturas, tem uma história. Sempre tem uma história. Nisso - e por todo o resto -, sou grata a esse caderno em debut, desejando vida longa. Por aqui, já sei valorizar a vista, com a persiana certa - e a vida que fica a assisti-la da janela.
André Benedetti
André Benedetti
No Casa&Cia, eu sempre me senti em casa. Entre essas quatro paredes, vivi dias felizes, que ficarão para sempre gravados na minha memória afetiva. Como quatro pilotis de um quadrado perfeito, a Eleone, a Rosele, o Eduardo e eu ríamos e nos divertíamos muito, enquanto traduzíamos o jeito de morar dos gaúchos. Até hoje folheio a pilha de exemplares que ajudei a escrever com um nó na garganta, com um carinho todo especial por cada uma das páginas. Porque a rotina de quem faz o Casa&Cia é tão bela como os projetos que nele aparecem.
Bianka Nieckel
Maria Amélia Vargas
Maria Amélia Vargas
Participei da cobertura de algumas edições da Mostra Casa&Cia. Mas uma das mais marcantes foi a realizada no final de 2011, no condomínio Las Rocas, zona sul da Capital. Além de o tema do evento ter sido o cinema - assunto que eu adoro-, a localização tornou o trabalho uma experiência agravável. Sempre que possível, eu marcava as entrevistas à tarde para poder terminar o dia curtindo o pôr-do-sol à beira do Guaíba.
Fernanda Duarte, Carlos Edler, Eleone Prestes e Renata Maynart
Renata Maynart
Mesmo depois de quatro anos, o Casa&Cia ainda faz parte da extensão do meu nome. Um sobrenome na verdade. Não foram poucas vezes que, ao encontrar antigas fontes das matérias, eu era reconhecida quando falava "sou a Renata do Casa, lembra?". Nunca falhou. Foram cinco anos onde milímetros faziam toda a diferença. O matiz exato dar cor então... um crime se não bem desvendado. Mas aqui estou, para uma temporada de mais dois meses, bem em meio a duas comemorações: 15 anos do caderno e 10ª edição da Mostra. O bom é que agora, mais do que nunca, posso usar minha apresentação sem medo. Sou, de novo, a " Renata do Casa".
Ana Carolina Bolsson
Ana Carolina Bolsson
Dificuldades e desafios se insurgem uns após os outros quando há de se produzir um suplemento semanal de arquitetura, interiores e design dentro de um jornal diário. Ousadia, profissionalismo, coragem, critério e precisão se mantêm como armas fundamentais em busca de um futuro saudável. E há de se persistir, pois vale a pena! Numa época em que cuidar da própria casa é sinônimo de bem-estar e que a ideia de ninho transcende as linhas de um projeto no papel, apresentar uma vez por semana soluções de forma atraente e minimamente útil se torna resultado de um sem fim exercício de leitura, observação e troca de experiências. Quando milhares consomem pela primeira vez paralelo a uma realidade cada vez mais desigual, entender as transformações pelas quais passamos e seus reflexos na forma como nos relacionamentos com a casa É e SEGUE sendo o alvo diário. Quem sabe como serão as casas no futuro? Que venham mais 15 anos de Casa&Cia e leia para saber! :-)
Isabel Marchezan