Com a presença do renomado designer porto-alegrense Hugo França, a Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD) inaugurou nesta semana a sua regional no Rio Grande do Sul. Entre os objetivos da entidade está o de desenvolver a profissão localmente, estabelecendo processos e relacionamento entre profissionais, empresas e serviços que compõem o design de interiores (tanto os designers de interiores quanto os arquitetos que trabalham com interiores).
- Colaborar, acompanhar, formar, inspirar. Este é o papel que a Associação Brasileira de Designers de Interiores desempenha desde 1980. Como rumo, o reconhecimento e a valorização desta profissão, que dosa competências técnicas e artísticas, para levar beleza e bem-estar a cada momento do dia - afirma Carolina Szabó, presidente da ABD.
Com 32 anos de história e presente em seis estados do Brasil - entre eles Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo -, a associação com cerca de cinco mil profissionais cadastrados promoverá atividades como palestras e workshops, além de convênios e parcerias comerciais que beneficiarão os associados.
- O nosso mercado está muito bom, muito quente aqui (localmente) e no Brasil inteiro e poder ajudar a profissão e quem está começando é uma maravilha. Queremos o reconhecimento e a valorização das profissões. A importância da ABD se dá tanto pelo o que ela faz quanto pelos trabalhos que tem a marca da atuação do designer de interiores - explica Josiane Castro, diretora da associação que tem Ana Regina Wallauer como vice-diretora.
A inauguração realizada na Fundação Iberê Camargo contou com a presença do renomado designer Hugo França, que palestrou para os presentes. Nascido em Porto Alegre e residente em São Paulo, o artista desenvolve desde o final dos anos 80 peças de mobiliárias e esculturas a partir de raízes e troncos de resíduos florestais e urbanos (chaise Amatirí na foto abaixo) - árvores tombadas naturalmente pelas intempéries, cortadas ou queimadas em operações de limpeza de terra para a pecuária da região nordeste do Brasil.
O profissional tem realizado inúmeras exposições no Brasil e no exterior, e sua produção vem ganhando cada vez mais relevância no cenário nacional e internacional de design. Diversas de duas peças compõem acervos permanentes de parques, museus e espaços culturais, como os parques do Ibirapuera e Burle Marx em São Paulo, em São Paulo, Museu do Açude no Rio de Janeiro, Instituto Cultural Inhotim em Brumadinho, em Minas Gerais, entre outros.
- Ele (Hugo França) é um profissional que está super falado e sendo muito admirado por um número cada vez maior de pessoas, principalmente porque vivemos um momento de valorização da sustentabilidade da madeira, do reaproveitamento, do respeito pelo que é natural - finaliza Josiane Castro.