Um clássico das rotinas de beleza asiáticas, o cleansing oil é sucesso nas redes sociais quando se trata de skincare. O produto teve origem na década de 1960 no Japão, foi aprimorado com o tempo e se popularizou depois de ganhar destaque entre as coreanas.
A solução à base de óleos é utilizada no rosto e tem como principal função a limpeza sem agredir a pele. De acordo com a dermatologista Lia Dantas, o principal benefício do produto é evitar que a derme perca seu manto lipídico de proteção.
— Como ele tem pouco detergente, pouco sabão e mais óleos na composição, consegue remover as impurezas sem retirar toda oleosidade — destaca.
Além disso, o modo de uso chama atenção: ele deve ser aplicado com as mãos na pele seca, fazendo movimentos de massagem. A dermatologista esclarece que é nesse momento que o óleo se integra à sujeira e à maquiagem.
Depois de alguns minutos, é necessário enxaguar. Nessa etapa, o cleansing oil deve ser removido completamente.
Conforme Lia, o uso do produto deve ser o primeiro passo na rotina de skincare e pode ser uma alternativa aos sabonetes, espumas e soluções tradicionais para remoção de cosméticos.
— Os demaquilantes são óleos que se ligam à maquiagem, mas não conseguem se ligar de forma eficiente à sujeira e às impurezas, e deixam um resquício de oleosidade. Os sabonetes são só sabões, então retiram parte, mas não conseguem remover completamente, principalmente itens à prova d'água. Consequentemente, retiram muita gordura da pele, inclusive a boa, que hidrata — explica.
A dermatologista salienta, no entanto, que há casos em que o sabonete não deve ser excluído do dia a dia. Embora o cleansing oil possa ser usado em todos os tipos de pele, há situações em que pode ser necessária uma dupla limpeza.
— Para rostos mais secos, sensíveis, pode ser que só o cleansing oil seja suficiente. Para peles oleosas e acneicas, algumas vezes, a gente precisa limpar com sabonete depois, para remover o excesso. Isso também varia de produto para produto — complementa.
A maioria das fórmulas traz uma combinação de vários tipos de óleos, como os de semente de girassol, milho, gergelim, amendôas e amendôas doces. A médica pontua que a composição pode conter ainda outros ativos, como a vitamina E, que tem função de hidratação.
Lia afirma que não há contraindicação para o uso de cleansing oil, a não ser que a pessoa tenha alergia a algum componente do cosmético. O produto pode ser liberado, inclusive, na gravidez.
— Se ele for simplesmente um cleansing oil puro, sem nenhum ativo associado, a gestante pode usar tranquilamente, porque é só limpeza em concentrações pequenas — esclarece.
Além disso, destaca que não há componente que não possa ser combinado ao cleansing. Porém, é importante que o produto seja removido completamente na hora do enxágue.
— Não existe indicação de aplicar, deixar na pele e passar outro produto por cima —finaliza.
* Produção: Jovana Dullius