Mudanças de hábitos das novas gerações, preocupação com saúde e novos mercados modificam o mapa do consumo da bebida
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MENOS CHAMPAGNE NA FRANÇA
Além de estar na mira do presidente americano Donald Trump, que pretende taxar os produtos de luxo europeus, os produtores de champagne franceses têm outra preocupação: a queda do consumo da bebida pelos seus conterrâneos. Uma pesquisa realizada pela Nielsen, especialista em estudos de varejo, apontou a diminuição de 34% nas vendas durante as últimas feiras de vinho de outono por lá: o número total de garrafas vendidas por ano vem caindo vertiginosamente desde 2011 no país, que ainda é o terceiro maior consumidor
de bebidas alcoólicas do mundo.
Episódio: #44
MENOS VINHO NOS EUA
E no maior consumidor de vinho, os Estados Unidos, a população também está bebendo menos. A diminuição foi pequena (0,9% de 2018 para 2019), mas significativa por quebrar uma sequência ascendente desde 1994. O International Wines and Spirits Record (IWSR), instituto de pesquisa focado em bebidas alcoólicas, atribui a queda a uma mudança de hábitos geracionais – os jovens americanos estão bebendo menos, e os que bebem preferem destilados.
Episódio: #47
MAIS VINHO NO BRASIL
Fazia tempo que estávamos estacionados no número de litros per capita por ano. A barreira dos dois litros por habitante parecia intransponível, mas, segundo dados da Ideal Consulting, o Brasil finalmente ultrapassou seu recorde histórico. Em 2019, chegamos a 2,13 litros – contando apenas consumidores maiores de 18 anos. Para se ter uma ideia, o primeiro colocado no ranking dos países bebedores de vinho é Portugal, onde a média por habitante é de 62 litros por ano.
Episódio: #49
MAIS VINHO NA CHINA
Enquanto isso, no país mais populoso do mundo, a tendência é de crescimento no consumo tanto de vinho quanto de espumantes. O desenvolvimento econômico da China gerou possíveis consumidores para produtos mais elaborados, e o país já é o quinto maior consumidor de vinho do planeta. Entre 2000 e 2011, as importações de vinho na China cresceram 26.000%, segundo uma reportagem da revista Veja. Muito por incentivo do governo. Em 1996, o então primeiro-ministro chinês Li Peng iniciou um processo de estímulo à bebida para economizar arroz (a bebida mais popular da China é um fermentado do grão), e também para refinar o paladar da população, que começava a ter acesso a novos produtos.
Episódio: #26