Adaptadas às tendências, marcas bilionárias como Coca-Cola, Ferrero e McDonald’s seguem crescendo financeiramente
CHEIA DE GÁS
Mesmo com a queda no consumo de refrigerantes nos Estados Unidos, as ações da Coca-Cola cresceram 22% de 2018 para 2019. Para lidar com a mudança no gosto do público, a marca investiu em embalagens menores e na criação de novos produtos como energéticos, chás, bebidas cafeinadas e uma “linha saudável”. A aposta para este ano é na água saborizada. Ah, e as vendas de Coca-Cola Zero seguem com todo gás.
Episódio: #47
O INSTITUTO
O quê esses três gigantes alimentícios têm em comum? Todos eles estão na lista de financiadores do International Life Sciences Institute (ILSI), instituto que, segundo o New York Times, é sustentado “por um grupo industrial obscuro que molda a política alimentar em todo o mundo”. Eita! A reportagem diz que a Coca-Cola, o McDonald’s e o Grupo Ferrero estariam entre as 400 empresas que bancam viagens de pesquisadores e especialistas em saúde pelo mundo todo para participar de congressos de nutrição. No Brasil, os representantes do ILSI ocupam assentos em comissões sobre comida e nutrição que antes eram reservados para pesquisadores de universidades.
Episódio: #29
DOIS HAMBÚRGUERES...
Outra empresa que se adapta bem às mudanças – e justamente por isso não para de crescer – é o McDonald’s. No ano passado, a rede chegou ao 160º trimestre seguido de crescimento. Sim, você fez a conta certa: são 40 anos com aumento de receita. Nos três primeiros meses de 2019, as vendas de lanche do “Méqui” por aqui cresceram 12%. A estratégia foi diminuir preços e criar produtos aspiracionais, como burgers com presunto parma. Segundo o presidente da empresa, a expansão do número de lojas deve continuar. O foco agora é em cidades menores, com até 70 mil habitantes.
Episódio: #19
RAIZ OU NUTELLA?
A família Ferrero, dona das marcas Ferrero Rocher e Nutella, vai receber R$ 3 bilhões em dividendos, de acordo com dados enviados para o mercado no final do ano. Essa cifra garante à família o posto de 25ª mais rica do mundo. Mas nem tudo é doce na vida dos bilionários: segundo uma reportagem do New York Times, as avelãs utilizadas na Nutella vêm de fazendas turcas que contam com trabalho de refugiados sírios ilegais. A empresa também já foi criticada pela origem do óleo de palma utilizado na receita.
Episódio: #11 e #23