TUDO COMEÇOU com a caipirinha. Foi uma das primeiras bebidas alcoólicas que provei. O equilíbrio interessante entre a doçura do açúcar, a acidez do limão e a ardência da cachaça causaram em mim um interesse imediato por misturas. E uma leve tontura, admito. Depois de um começo bem brasileiro, foi em terras uruguaias que me encantei por mais um tipo de coquetel, o clericot. Como quase todo mundo, a iniciação nos drinks para mim foi pelas docinhas.
Com uma dose de coragem, resolvi experimentar bebidas diferentes. E lá veio o pisco sour provocar sensações em uma bebida que eu nunca tinha experimentado. Que sensação boa. Ainda bem que só me contaram depois de tomar que ele levava clara de ovo. Mas esse é um ponto interessante da coquetelaria, te faz provar ingredientes misturados um tanto improváveis.
Por causa do Geraldo, um grande amigo especialista no assunto, peguei gosto por explorar balcões de bares. A famosa barra de tragos. Passei a gostar de me escorar no balcão e ver o trabalho dos mixologistas em misturar, macerar, corrigir e cuidar de cada detalhe na apresentação.
Tempos depois, peguei gosto pelo improvável Negroni. Uma bebida amarga, com gin, vermute e Campari. Nunca me imaginei tomando, com tanto prazer, algo tão amargo. Foi justamente esse o drink que me encorajou a ir para trás do balcão preparar. Quando ouvi o primeiro elogio genuíno, me enchi de orgulho. Dias depois, eu já tinha até um kit com coqueteleira, medidor, coador e colher bailarina.
Hoje estou naquele estágio de ficar embasbacado com o que os mixologistas fazem com o gelo. Sim, até o gelo que você usa influencia no drink. Parece frescura, mas percebi que faz bastante diferença.
Virei um grande entusiasta do mundo dos drinks. As infinitas possibilidade de combinações me impressionam e atraem. Seja no Moscow Mule, no Aperol Spritz ou no Dry Martini, acho que você pode descobrir novas sensações bem diferentes e deliciosas dentro de um copo. Experimente.