Ainda faltam duas semanas para o Natal, mas já estou pensando na ceia. Sou desses que tem um fraco pela data e pelas delícias que a cercam. A noite do dia 24 vem cheia de significados, e compartilhar uma mesa farta de sabores variados deixa tudo mais divertido.
Quando criança, perguntava para minha avó: “Por que a gente só come peru no Natal?”. Nunca entendi o motivo dessa carne tão deliciosa ficar limitada a uma noite do ano. Hoje, entendo que faz parte da tradição e também do preparo trabalhoso. Mas nada me deixa mais feliz do que ganhar o sorteio familiar pela coxa do peru. Como um glutão, pego ela com a mão e me delicio por alguns minutos. Minutos que valem pelo ano inteiro de restrição.
Já o tender é um pouco discriminado na minha ceia. Considero-o o primo pobre do peru. Talvez seja o excesso de cravos que faça todo mundo ir com mais parcimônia. E quando tem um lombo de porco perto dele, então, pobre tender, desaparece.
Outros dois pratos que merecem o meu respeito são a farofa e o salpicão. Eles entendem perfeitamente o seu papel de coadjuvante e fazem os outros pratos brilharem ainda mais.
Minha única decepção com a ceia é o panetone. Mas aí é em função de gosto pessoal, pois nunca apreciei esse integrante relevante do Natal. Para adoçar a noite, prefiro as rabanadas. Estas, sim, meu ponto fraco. Posso passar horas com aquele aroma de açúcar com canela na minha frente.
Brindando tudo isso e refrescando essa noite, que, em geral, é quente, está o espumante. As rolhas saltam das garrafas com a alegria de quem vai participar da festa. Nada mais propício para uma noite de comemoração.
De todas as delícias do Natal, o tempero mais importante e que não pode faltar é a companhia da família. Com certeza, o amor e o carinho deixam tudo mais gostoso.
* Conteúdo produzido por Diego Fabris