Há futuro que já é realidade. A pouco mais de quatro anos, o primeiro hambúrguer à base de plantas do Brasil era produzido pela startup Fazenda Futuro. De lá para cá, outras empresas apostaram em produtos plant-based para entrar no mercado da alimentação vegetal. Tudo isso porque há um crescimento evidente na procura por esses produtos: uma pesquisa do The Good Food Institute, de 2020, afirmava que 50% da população teria diminuído o consumo de carne animal, formando, ainda, um novo grupo de consumidores, os flexitarianos – pessoas que são vegetarianas ocasionalmente. Esse perfil, aliás, é o que mais tem atraído investimentos, já que tem crescido ano após ano.
Ainda segundo o The Good Food Institute, atualmente existem cerca de 100 empresas de proteínas alternativas no Brasil, que alcançaram, em 2021, mais de R$ 500 milhões em vendas no varejo – um crescimento de 30% em relação ao ano anterior. Até 2026, o instituto prevê que o setor ultrapasse os R$ 2 bilhões.
O crescimento não é em vão. Cada vez mais as pessoas têm optado por incluir refeições sem carne na rotina. No último Foodcast do Destemperados, com a participação do coordenador de projetos de alimentos e bebidas do Sebrae RS, Roger Klafke, essa foi uma das tendências mais discutidas: a coexistência entre plant-basede proteína animal.
- Eu sempre achei que fosse para substituir uma coisa pela outra. Que fossem coisas excludentes: se gosta disso, não pode gostar do outro. E não é isso. Então, a gente tem que viver esse momento de experimentar como uma alternativa para quem tem restrição ou, simplesmente, quem quer viver um dia diferente ou, ainda, quem quer entender melhor o movimento. Porque se a gente colocar um do lado do outro para comparar, óbvio que são bem diferentes, mas é que eles não são feitos para serem iguais – disse Diogo no programa.
E, pensando bem, essa é a realidade de muitas culinárias no cenário mundial. Em Chicago, na viagem à National Restaurant Association Show, Destemperados e Sebrae RS, junto com os dez empreendedores da imersão, visitaram o Galit Restaurant, em uma das visitas técnicas na cidade. Com uma estrela Michelin, o restaurante serve gastronomia contemporânea do Oriente Médio, que, naturalmente, usa pouquíssimos insumos de origem animal.
- Tem esse olhar da indústria, enxergando uma grande oportunidade de fornecer esses produtos, utilizando o que a gente tem de vegetais, por exemplo, se a gente olhar o nosso Estado: grão-de-bico, feijão, lentilha etc, são proteínas vegetais que têm muito potencial para ser explorado – disse Roger.
É importante que os empreendedores estejam sempre atentos às novidades, aos movimentos importantes do mercado, às novas tecnologias e, principalmente, aos comportamentos dos consumidores para manter sua relevância. Com diversos cursos, capacitações, consultorias e soluções para o empreendedorismo gaúcho, o Sebrae RS é o principal parceiro dos micros e pequenos negócios, atuando no foco do fortalecimento do mercado e na cooperação entre os setores.
Confira como o Sebrae RS pode te apoiar no site.
Trouxemos um trechinho do bate-papo sobre plant-based que Diogo, Lela e Roger tiveram no Foodcast. Confira abaixo. Para assistir o episódio completo, acesse.