Nos últimos anos casas focadas em cerveja tem se multiplicado pelo Rio de Janeiro. O movimento cervejeiro não é uma tendência, é uma realidade inegável e conta com um público fiel e sedento por novidades. Indo ao aniversáio de uma amiga na Tijuca tive a grata surpresa de descobrir um novo ponto cervejeiro: o Yeasteria.
A fachada passaria desapercebida se não fosse o toldo amarelão na rua. A história desse point foi costurada pelo casal Luciana Maranhão e Paulo Mello e seu amigo Igor Lopes, cervejeiros loucos para mostrar o que o fermento, insumo fundamental para cerveja, pode oferecer. Daí o nome que brinca com palavras: yeast, fermento/levedura em inglês e histeria, em português.
O apreço por esse fermentado artesanal e sua infinita gama de possibilidades parece ser um porta só de ida. Embora existam diversas casas especializadas, cada uma apresenta uma história e energia. Da varanda perfeita para apreciar uma boa cerveja pode-se avistar as muitas cervejas expostas com muito capricho (quase me degradê) ali dentro.
A carta com mais de 360 rótulos que passa por todos os estilos e origens estão expostas de pé em lindas geladeiras. Embora os funcionários sejam sommeliers/brewers/apaixonados e entendam tudo sobre as “geladas”, a fileira das garrafas tem TAGS informativos com indicação do nível de amargor, corpo, álcool para garantir nossa autonomia na hora de escolher ali no andar térreo da casa.
O aniversário era no andar de cima. Um ambiente que lembra pub, com som mais alto e ambiente mais escuro e com bom espaço para curtir com amigos e quem sabe uma paquera.
Ali o protagonista não é o lúpulo ou malte, a homenagem é ao fermento. Toda a decoração é tematizada no insumo. As bolinhas (fermentinhos) estão em todo lugar. Por exemplo a composição de quadrinhos com nomes de tipos de leveduras que certamente poderia estar na parede do seu amigo hype-brewer.
Os recipientes usados no preparo de brasagens como Erlenmeyers são usados para servir água e a régua de degustação usa béquers e vem com as três opções dos chopes do dia em pequena quantidade. Perfeito pra pessoas que querem provar tudo que há de novo. Tive que pedir, né? Provamos a Jupiter Tanger, uma wit com tangerina, Hija de Punta Piva, amber larger que achei boa e Verve Spiritus WitIpa, aromática no início, seguida de um amargor bem marcado.
Delicia da vida! Corações no ar! Para acompanhar pedimos uma porção de nacho acompanhjado de guaca mole, chedar e vinagrete.
Todos à mesa concordamos em provar a coxinha. A apresentação em potinhos de inox e palitinhos coroaram com um charme a mais ao popular petisco preprarado com perfeição. Estavam super bem temperadas e crocantes. Mais ainda quando “tchuchadas” no molho de grãos de mostada ao curry.
Fiquei intrigada com o nome de um petisco e tive que provar a dupla do charutão de calabresa, como o nome sugere, um croquete em formato de charuto cremosíssimo por dentro e com fatias de calabresa. Me lembrou muito croquetas espanholas, nesse caso, feita especialmente para insaciáveis.
A escolha do Yeasteria para o aniversário foi um gol de placa da minha amiga. Ficamos até a casa fechar e pagamos R$ 87,00 por pessoa nesta comemoração. Fiquei doida para provar as combinações com hamburguers que acontecem somente às Quintas-feiras.
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Yeasteria: o fermento do amor cervejeiro na Tijuca
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