Quando nos interessamos por um assunto, aprender cada vez mais sobre ele se torna um prazer. Dentro do mundo da gastronomia, as tendências estão sempre dando origem a novos sabores e estilos, que acabam por originar diferentes termos, por vezes técnicos, outrora populares.
Nós conversamos com a enóloga Natália Frighetto, que é produtora de vinhos da Lote Frighetto e colunista do Destemperados, para conhecer alguns dos termos mais usados dentro do mundo da enologia. Confira!
Assemblage: é um termo em francês para se referir quando um vinho é composto por mais de uma variedade de uva. Sinônimo de corte e blend. Exemplo: vinho elaborado com chardonnay e pinot noir.
Blend: nomenclatura inglesa para vinhos elaborados a partir de mais de uma variedade de uva. Exemplo: um vinho composto por merlot, cabernet sauvignon e cabernet franc.
Bouquet: termo em francês para se referir ao conjunto de aromas do vinho. Utilizado quando o vinho apresenta aromas da própria fruta, do processo, do envelhecimento e da maturação.
Champenoise: método clássico ou tradicional de elaboração do espumante. Quando a segunda fermentação ocorre dentro da própria garrafa.
Charmat: processo de elaboração de espumante, na qual a segunda fermentação ocorre em autoclave (recipiente que suporta pressão) em 5 a 10 mil litros, resultando em produtos mais frescos e jovens.
Corte: nomenclatura no português para quando o vinho é elaborado com mais de uma variedade de uva. Exemplo: tannat e marselan.
Enólogo: é quem produz o vinho. O responsável pelo acompanhamento da maturação da uva, d elaboração do vinho e da definição do produto, que cuida do processo da uva até o engarrafamento.
Indicação de Procedência (IP): para ser registrado com uma IP, o vinho precisa necessariamente ter pelo menos 85% das uvas produzidas naquela determinada região geográfica. São regiões reconhecidas pela produção de vinhos.
Denominação de Origem (DO): quando os vinhos apresentam características 100% ligadas à região de que são originários e produzidos, envolvendo tanto fatores naturais quanto humanos. Para ser considerado um DO, é preciso primeiro ter registrada a Indicação de Procedência (IP).
Polifenóis: compostos químicos da uva e outros vegetais. Substância química composta por uma ou mais hidroxilas ligadas a um ou mais anéis aromáticos.
Tanino: um dos polifenóis do vinho. Encontrado na casca, na semente e no caule da uva. Na boca, é o que dá a sensação de adstringência ou de secura. Taninos macios e aveludados são expressos para quando essas sensações são suavizadas.
Terroir: termo francês que define características de solo e de clima de uma região, além de atrelar intervenção humana, variedades de cultura da região.
Sommelier: é o profissional que atua junto ao consumidor. Ele facilita o momento da compra, entende para qual ocasião que se deseja o produto e indica com base nessas informações. É também quem cuida do serviço em um restaurante.
Varietal: quando o vinho é elaborado com apenas uma variedade de uva. Cada país tem sua legislação, aqui no Brasil, no mínimo, 75% do vinho precisa ser de uma única uva. Quando o vinho é varietal, o nome da cultivar vai no rótulo.