De um tempo pra cá, comecei a reparar mais neste vinho branco muito presente nas mesas dos italianos da serra gaúcha. O moscato seco é aquela bebida de casa, que todos os lugares de comida típica italiana colocam uma jarrinha na mesa. Também é o vinho despretensioso que, timidamente, o produtor oferece como um “branquinho” de opção.
A variedade moscato é uma das uvas viníferas mais cultivadas no Estado, sendo a fruta também para o consumo “in natura”, mas foi nos espumantes moscatel que elas ficaram famosas. De aromas florais, mel e um toque cítrico, a história dessa uva no Rio Grande do Sul é antiga, desde 1930.
O vinho tranquilo, sem presença de gás, é elaborado com as uvas da família moscato, como moscato bianco, moscato giallo, moscato de Alexandria, e é aromático, leve e fresco no paladar. Conhecido também como “moscatinho”, é servido bem gelado, o que o torna uma boa opção para o fim de tarde.
O moscato é a cara do verão, pois tem uma acidez refrescante e agradável, a quantidade de aromas deixa o vinho alegre, perfuma o ambiente ao agitar na taça. Leve, convidativo para a próxima taça, combina com o pôr do sol. Também é festivo na piscina, já que pode ser consumido com gelo e frutas.
Além de todas as características semelhantes com a estação, o moscato ainda foi base para a Indicação de Procedência de Farroupilha, onde a área delimitada corresponde a cerca de 50% do volume de produção da casta no Brasil. Junto com a produção da fruta, ainda é permitida a elaboração de seis produtos a partir das uvas dessa variedade, sendo um deles o vinho tranquilo.
Com mais de 90 anos de tradição no Estado e, ao mesmo tempo, um produto reconhecido, inclusive pelo INPI, eu, mera mortal, quero mais é dias de calor para desfrutar de um bom “moscatinho”.
Vocês já conhecem?
Separamos alguns rótulos fáceis de encontrar para apreciar também
1. Moscato Cave Antiga
Preço médio: R$ 48
2. Moscato Virtus
Preço médio: R$ 20
3. Moscato Giallo Tonini
Preço médio: R$ 30
4. Moscato Arbo Casa Perini
Preço médio: R$ 29,90