Para início de conversa, acreditamos que ninguém precisa entender de vinho para beber um bom rótulo em casa, no restaurante, sozinho ou com amigos. Agora, se você quer descobrir um pouco mais sobre a bebida, criamos um passo a passo dos principais aspectos analisados quando degustamos um vinho. Te convidamos a experimentar novos sabores e a testar nossas dicas em casa. Quando falamos de vinho, geralmente nos referimos à degustação, a qual vinho vamos beber. Mas, não podemos esquecer que a parte visual e olfativa do produto é tão importante quanto o sabor que ele tem. É por isso que, em avaliações profissionais, a temperatura, os aromas e até os barulhos são controlados. Qualquer um desses fatores pode interferir na hora da degustação. Com a ajuda de Natália Frighetto, enóloga e sommelière da Casa Destemperados, compartilhamos a sequência da análise sensorial para você testar em casa.
MITOS SOBRE VINHOS
Vinho bom é vinho caro
Apesar de alguns rótulos carregarem o peso de vinícolas reconhecidas e, por isso, serem mais caros, existem vinhos com ótimas propostas e bom custo-benefício. Nossa dica é apostar em bebidas jovens, frutadas e para consumo rápido.
Quanto mais velho o vinho, melhor
Existem vinhos que, em função da variedade da uva e do método de produção, são elaborados para guarda. Porém, também há vinhos que apresentam propostas de bebidas jovens, frutadas e fáceis de beber, sendo excelentes mesmo no ano em que foram elaborados.
Quanto tem aroma de fruta é porque a fruta vai junto
Uma das principais características de um vinho são os aromas varietais, que vêm a partir das variedades das uvas. Por exemplo, a uva chardonnay tem aromas de abacaxi e maçã verde. Já a cabernet sauvignon tem de amora, ameixa e cassis. Mas as frutas não vão na composição da bebida, ok?
Quanto menor a acidez, melhor
A acidez do vinho é importante para a longevidade e sanidade do produto. Em vinhos espumantes, brancos e rosés, a acidez está relacionada com o frescor do produto. Em safra ruins, há um excesso de ácido nas uvas por elas não conseguirem atingir a maturação completa. Isso resulta em um desequilíbrio em relação ao açúcar e ao tanino da bebida, deixando-a desagradável. Mas, isso não quer dizer que a acidez não seja superimportante para o vinho.
Quanto mais álcool no vinho, melhor ele é
O álcool é um produto natural do processo de fermentação dos vinhos, que transforma o açúcar presente na uva em etanol. O que não nos damos por conta é que nas safras em que a uva não atinge a maturação completa, é permitido a adição de açúcar para elevar o teor alcoólico. Muitas vezes, esse exagero pode desequilibrar o vinho, deixando-o mais alcoólico do que a estrutura permite.
VIinho bom é vinho importado
Temos muito vinhos importados bons, mas também temos muito produto nacional de ótima qualidade. Precisamos quebrar esse preconceito com a bebida brasileira. Lembre-se que até o rótulo importado chegar nas prateleiras, ele pode passar por variações de temperatura e luminosidade que podem comprometer sua qualidade. Acreditamos que vinho bom é o vinho do local, e os brasileiros são incríveis!
destemperados
O passo a passo para degustar um vinho
Destemperados
GZH faz parte do The Trust Project