Parentes dos irmãos Lyle e Erik Menéndez, presos em 1989 após um midiático julgamento pelo assassinato de seus pais, pediram que sejam soltos na quarta-feira (16), em coletiva de imprensa na Vara Criminal Clara Shortridge Foltz. A solicitação ocorre depois de o caso voltar aos holofotes com a série Monsters: The Lyle and Erik Menendez Story da Netflix.
Os julgamentos foram amplamente transmitidos pela televisão e tomaram as manchetes no início dos anos 1990. O magnata da música José Menendez e sua esposa, Kitty, foram mortos a tiros em casa em Beverly Hills.
Lyle e Erik, que tinham 21 e 18 anos na época, assumiram a autoria do crime e contaram que mataram os pais depois de sofrerem abusos. Eles foram condenados por homicídio e cumprem penas de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional desde 1996.
Joan VandeMolen, 92, é uma das familiares que se manifestaram. Ela é irmã mais velha de Kitty e tia dos irmãos Menéndez.
— À medida que os detalhes dos abusos sofridos por Lyle e Eric eram revelados, ficava claro que suas ações, embora trágicas, eram uma resposta desesperada de duas crianças que tentavam sobreviver à crueldade indescritível de seu pai — disse na quarta-feira.
No ano passado, os advogados dos irmãos apresentaram novas provas que, segundo eles, demonstram abusos cometidos por José Menendez, incluindo uma carta escrita por Erik a uma prima. A defesa pediu uma nova sentença, o que pode significar a libertação dos seus clientes, considerando o longo tempo que passaram atrás das grades.
Até os promotores afirmaram na quarta-feira que o sistema de justiça criminal de Los Angeles "desenvolveu uma compreensão mais moderna da violência sexual desde que os irmãos Menendez foram processados pela primeira vez". Uma audiência está marcada para 29 de novembro.