Após dois anos de espera dos fãs, a segunda temporada de House of The Dragon estreia no próximo domingo (16). A trama promete entregar ainda mais sangue, fogo e luta por poder, ingredientes de sucesso de sua antecessora, Game of Thrones.
A greve de roteiristas e atores nos Estados Unidos adiou por vários meses a finalização da temporada, ambientada na mítica Westeros, quase dois séculos antes dos eventos retratados em Game of Thrones.
A segunda temporada estará disponível na plataforma Max. O primeiro episódio retoma a trama no ponto em que os fãs se despediram dos protagonistas: a filha do recém-falecido rei Viserys, Rhaenyra (Emma d'Arcy), disputa o trono com seu meio-irmão Aegon (Ty Tennant), que acaba de assumir o poder.
Rhaenyra envia um de seus filhos em um dragão para forjar alianças, mas no caminho o jovem Lucerys (Elliot Grihault) morre em uma batalha nos céus com o primo Aemond (Ewan Mitchell), o perturbador príncipe de cabelos brancos e apenas um olho.
Mais sombria
A partir desse ponto, a intriga dos oito episódios da nova temporada está sob segredo absoluto. Porém, dos trechos divulgados nas redes sociais há algumas semanas é possível deduzir que as mulheres terão um papel essencial na temporada, assim como os dragões, que em Game of Thrones só apareceram de forma decisiva nas últimas temporadas.
— Tudo fica maior, há mais cenários para as intrigas e batalhas — explicou o criador do mundo de Westeros, o escritor George R.R. Martin, em um vídeo promocional.
A primeira temporada, exibida em 2022, foi um sucesso de público. O primeiro episódio foi assistido por quase 10 milhões de telespectadores nos Estados Unidos, a maior audiência de uma série original na história da HBO.
— É um mundo profundamente imersivo. E, embora em alguns momentos possa ser emocionante e espetacular, acredito e espero que sejam as conexões dos personagens que motivem o público a retornar — declarou à AFP o showrunner e produtor executivo da série, Ryan Condal.
Condal reconhece que House of the Dragon é mais sombria e "solene" que Game of Thrones, o maior sucesso da história das séries de TV, repleta de personagens peculiares, com humor ácido e situações obscenas que provaram a alegria — e às vezes escândalo — do público.
— Essa série tende a focar na principal família (os Targaryen), mas vamos introduzir uma série de novos personagens de camadas menos privilegiadas da sociedade — garantiu. — Grande parte do humor da série original veio dos choques culturais de pessoas de diferentes camadas sociais.
Daemon, o imprevisível
O personagem mais imprevisível talvez seja Daemon (Matt Smith), o tio e marido de Rhaenyra, fiel à sua rainha, mas também obcecado pelo trono, observa Condal.
— Acredito que Daemon continua sendo o personagem mais volátil, mas espero que tenhamos muitos outros na temporada — afirmou.
Uma das frases enigmáticas da primeira temporada foi a declaração do rei Viserys para sua filha Rhaenyra: "A ideia de que controlamos os dragões é uma ilusão".
— Será necessário esperar — declarou Condal. — De certa forma, podemos ver House of The Dragon como uma metáfora para a energia nuclear. Existem duas superpotências, ambas com dragões. Mas esses dragões são feras vivas. E apenas porque um humano monta um dragão não significa que o controle — completou.
A terceira temporada da série já está sendo escrita, adiantou Condal.