A Justiça do Rio de Janeiro aceitou, nesta segunda-feira (16), o pedido do Ministério Público e determinou que o apresentador Bruno de Luca responda por omissão de socorro no caso do atropelamento do ator Kayky Brito. Conforme informações obtidas pelo g1, a solicitação foi aceita integralmente pela juíza Simone Cavalieri Frota, do 9º Juizado Especial Criminal.
No pedido do MP, assinado pelo promotor Márcio Almeida Ribeiro da Silva, o órgão pede a autuação do apresentador por deixar o local do acidente sem prestar auxílio a Kayky Brito. O inquérito da polícia carioca, que inicialmente investigou o atropelamento, não indiciou Bruno de Luca e pediu o arquivamento do processo.
Bruno e Kayky estavam em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, no dia do acidente. Após o atropelamento do ator, o próprio motorista prestou socorro. Imagens das câmeras de segurança registraram o momento em que Bruno de Luca deixa o local sem auxiliar o amigo. Em depoimento à Polícia Civil no dia seguinte, Bruno confirmou ter presenciado o atropelamento, mas alegou desconhecer que a vítima era Kayky.
Além do indiciamento de Bruno de Luca, o MP pediu que Kayky Brito seja intimado para decidir se deseja ou não registrar uma queixa formal contra o motorista Diones Coelho da Silva por lesão corporal culposa, quando ocorre sem intenção. O inquérito comprovou que Diones estava dentro do limite de velocidade, não estava sob efeito de bebidas alcóolicas e que parou para prestar socorro. As imagens das câmeras de segurança do local mostram que Kayky atravessou a via correndo e fora da faixa de pedestre.
A decisão da Justiça também inclui o pedido de novas informações do Hospital Miguel Couto sobre o estado de saúde de Kayky Brito e uma solicitação para que Diones e a empresa Uber comprovem, dentro de um prazo de cinco dias, que o motorista presta serviço para o aplicativo.