O Jornal do Almoço estreou um novo formato nesta segunda-feira (17) na RBS TV e, agora, as notícias e atrações do Estado estarão presentes em um programa ainda mais descontraído e contemporâneo, sob o comando de uma dupla de apresentadores: Marco Matos se junta a Cristina Ranzolin, consolidando uma parceria que já mostrou sintonia na tela.
O caxiense de 32 anos, que desde 2020 se dedicava à cobertura da meteorologia, é graduado em Jornalismo pela UCS e atuou na RBS TV Caxias como estagiário em 2012 e como repórter, entre 2017 e 2018, até juntar-se ao time de repórteres de Porto Alegre. Empolgado com a nova fase profissional, Marco comenta como é dividir o comando do noticiário com Cristina e fala sobre a conexão do JA com o público.
Como encara a oportunidade de estar à frente de um programa tão tradicional como o Jornal o Almoço?
Estou bem feliz com a oportunidade. Acho que foi um trabalho construído nos últimos anos, não só meu, mas da chefia da RBS TV, que me orientou muito. Quando eu comecei a fazer a previsão do tempo, nem sonhava, nem ousava pensar em dividir o espaço do programa com a Cris, por respeitá-la demais, entender sua grandeza dentro do Jornal do Almoço. Mas ao longo desses três anos, a gente construiu uma parceria que o público passou a reconhecer. Para mim, é uma grande honra estar no programa de TV mais tradicional do Estado, com mais de 50 anos de história construída por pessoas incríveis. Estar ao lado da Cristina Ranzolin é um orgulho e uma responsabilidade enormes.
Qual é a expectativa para a estreia desse novo formato? Está nervoso?
Não estou nervoso, mas ansioso para colocar esse projeto em prática. Estou com uma expectativa muito boa, acho que a gente tem o dever de informar os gaúchos com uma visão humana, com uma característica que é tão própria do nosso programa, que agora vai ficar mais evidente, que é não apenas falar sobre o que está acontecendo com distanciamento, mas vivenciar essas histórias junto com as pessoas. Entender o que os gaúchos, de fato, estão vivendo no momento.
A parceria com Cristina Ranzolin, principalmente em coberturas externas, mostra sintonia diante das câmeras. Isso contribuiu para essa nova oportunidade na sua carreira?
Acho que sim. A Cris é muito generosa comigo e com todos os colegas, mas a gente tem uma troca realmente muito interessante. Isso não quer dizer que a gente pense igual, que tenha uma afinidade em 100% das coisas, não é isso, mas é um respeito mútuo, uma admiração muito grande que eu tenho por ela e acho que a nossa relação funciona porque, além do respeito e da admiração, nutrimos um pelo outro uma certeza, há uma segurança grande no trabalho um do outro.
E como é a convivência de vocês fora da telinha?
A gente troca WhatsApp todo dia. Muitas vezes, quando estou vendo algum filme, indico pra ela, ou quando vejo algo legal de algum lugar que vou. De fato, somos amigos, a gente realmente se gosta, se dá bem, o que é primordial para o nosso trabalho. Quando a gente assiste a alguém na TV, tem a ideia de que a pessoa é inacessível, que talvez nunca vá conhecer na vida. Eu pensava isso até na faculdade. Uma vez, vim com a turma da faculdade conhecer o estúdio, obviamente, nem falei nada, porque estava nervoso, só tiramos foto com a Cris. Depois, quando comecei a trabalhar aqui, me dei conta de que é uma pessoa normal, de que é sensacional.
As coberturas externas que apresentam aos sábados, e fazem o maior sucesso nas redes sociais, vão continuar no JA?
Sim. Em alguns sábados, temos o projeto Jornal do Almoço Bem pra Ti. A gente bota o pé na estrada e vai até as comunidades, o que é muito legal, porque fazer esses programas especiais, nas feiras e festas, é uma possibilidade de nos aproximarmos do público, ver quem nos assiste, mas é, principalmente, um momento de celebrar algo. São programas de celebração, de festa, com um clima legal.
Qual é sua contribuição mais marcante para o novo formato do JA?
É um trabalho construído a muitas mãos, é uma equipe muito grande: repórteres, editores, produtores, cinegrafistas, acho que todo mundo colaborou do mesmo jeito. Talvez eu tenha colaborado mais no dia a dia do jornal mesmo, em querer trazer para o programa, a partir de agora, essa conexão que a gente tem com o público, transparecendo emoções. Jornalismo não pode ser apenas a notícia, importa a maneira como a gente vai contar para as pessoas sobre a dor de alguém, sobre a felicidade de alguém. Toda a informação tem uma carga de responsabilidade e de emoção muito grande. A imparcialidade jornalística é muito importante, informar as pessoas para que formem suas opiniões, mas, ao mesmo tempo, a gente não pode deixar de se comover, de ter solidariedade, compaixão, revolta.
A partir de agora, você passa o bastão da previsão do tempo para Giulia Perachi?
A gente vai fazer uma dobradinha muito interessante: no estúdio, eu mostro o que vai acontecer, explico alguns fenômenos, e a Giulia, na rua, passa a integrar o time do JA como uma repórter especializada em clima. Então, além de mostrar a previsão do tempo do estúdio, como a gente sempre fez, agora a Giulia vai estar na rua exemplificando essas questões climáticas todos os dias. Eu continuo fazendo a parte climática no estúdio, e ela passa a complementar essas informações. E no Interior, Éverson Dornelles, repórter da RBS TV Santa Rosa, vai fazer a conexão dos assuntos climáticos com o agronegócio.