Os capítulos recentes de Travessia plantaram uma incômoda pulguinha atrás da orelha dos telespectadores. O teste de DNA realizado por Brisa (Lucy Alves) mostrou que ela não é mãe biológica de Tonho (Vicente Alvite). Indignada, a mocinha pediu a repetição do exame, mas o resultado foi o mesmo: não há compatibilidade genética entre ela e o menino.
Nas redes sociais, o público especula se Ari (Chay Suede) teria falsificado os testes — afinal, na ficção, isso é bem comum — ou se há algo nebuloso do passado da maranhense. Nada disso. A explicação é bem mais complexa do que se imagina.
Conhecida por abordar temas inéditos em suas obras, Gloria Perez irá apresentar um assunto até então desconhecido do grande público. Na verdade, Brisa é portadora de uma condição rara, chamada quimerismo. Em casos como esse, a pessoa tem duas sequências genéticas diferentes, ou seja, dois DNAs completamente distintos. É algo tão raro que, no mundo inteiro, estima-se que há apenas 40 casos registrados.
Origem do termo
O nome da condição genética de Brisa deriva do animal mitológico. Quimera era um monstro com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de serpente.
Mais sofrimento
Resumindo esse imbróglio: o exame de DNA apresentou apenas uma sequência genética de Brisa, que não é compatível com a de Tonho. Apenas testes mais detalhados poderiam esclarecer essa questão. Porém, antes é preciso que alguém desconfie de que Brisa possa ser portadora desta condição.
Como é um assunto pouco abordado, a protagonista ainda ficará vários capítulos sendo acusada de ter sequestrado o próprio filho. O calvário de Brisa está longe de terminar...