No ano em que a telenovela completa 70 anos, é inevitável questionarmos se há um desgaste do gênero. A julgar pela programação da Globo, que conta atualmente com sete tramas no ar, essa senhorinha que acompanha o público há tantas décadas está em plena forma. São três boas histórias inéditas nos principais horários, além de quatro reprises (incluindo a derradeira exibição de Malhação).
Com o fim da novelinha adolescente, a emissora optou por abrir um novo horário de novelas, dedicado às tramas que fizeram sucesso às 18h e 19h. O tradicional Vale a Pena Ver de Novo continua vivíssimo, mas a partir de agora terá apenas as melhores histórias do horário nobre. A reprise escolhida para esse novo horário foi um acerto e tanto: O Cravo e a Rosa (2000). Em poucos dias, as loucuras de Catarina (Adriana Esteves) e Petruchio (Eduardo Moscovis) têm conquistado boa audiência e grande repercussão nas redes sociais.
Entre tapas e beijos
A primeira novela de Walcyr Carrasco na Globo é até hoje um dos maiores fenômenos da teledramaturgia. Prova de que sempre é possível recontar histórias conhecidas, e é esse o segredo do sucesso. O Cravo e a Rosa é inspirada na obra A Megera Domada, de William Shakespeare (1564 – 1616). Incrivelmente, a peça escrita em 1594 segue atualíssima. Afinal, é uma história de amor e ódio que cativa o público de qualquer tempo.
Na novela, some-se ao bom enredo um elenco estelar, comédia na medida certa e uma trilha sonora inesquecível. Não é à toa que volta a ser amada pelos telespectadores nesta nova exibição. Afinal, quem não adora o caipira e seu "favo de mel"?