Após dois anos de expectativa dos fãs, a segunda temporada de The Witcher estreia nesta sexta-feira (17) na Netflix e deve mostrar algumas mudanças em comparação ao início da série. Desta vez, grande parte dos holofotes se voltam para a princesa Cirilla de Cintra (Freya Allan), que finalmente está reunida com Geralt de Rivia (Henry Cavill). Portadora de sangue ancestral, a personagem mergulha em um processo de amadurecimento, enquanto tenta buscar a verdade sobre seus poderes e seu passado.
— Ela tem uma grande revelação, está sempre evoluindo. Ela tem poderes dentro dela, mas ela não vê isso e é seu maior medo. Sua força está no fato de que ela decidiu enfrentá-los em vez de se afastar ainda mais. Ela tenta controlar seus poderes ao invés de fugir deles — afirmou Freya em coletiva de imprensa promovida pela Netflix.
Para quem acompanha a trama pelos contos originais, escritos por Andrzej Sapkowski, a primeira temporada pode não ter cumprido todas as expectativas. Segundo a showrunner Lauren Hissrich, o enfoque estava em apresentar todo o intrincado universo de The Witcher, explicando o que é um bruxo, uma feiticeira, a política do Continente e todas as questões necessárias para o desenrolar da trama. Agora, ao adotar uma linha temporal linear, pode aprofundar as histórias dos personagens e explorar melhor seus conflitos, relações e emoções.
Embora Ciri já mostrasse sinais de sua personalidade na primeira temporada, é na segunda que ela expõe toda a sua garra. Apesar de seus medos, ela está determinada a aprender a lutar e decide treinar com um bruxo na fortaleza Kaer Morhen.
— Eu senti que a personagem da primeira temporada não foi bem representada. Nesta temporada, os roteiros tinham um enredo incrível e eu estava esperando por isso há muito tempo. Eu adorei, pude mergulhar em tantos recantos diferentes da mente de Ciri e isso é exatamente o que você quer fazer como ator, ser desafiado no dia a dia — afirma.
Na segunda temporada, The Witcher traz muitas mulheres fortes, e Ciri certamente não escapa da definição. Questionada sobre como se relaciona pessoalmente com a personagem, Freya afirmou ser determinada e um pouco teimosa.
— Ela também valoriza muito a própria voz e eu sempre fui assim. Sempre vi realmente que tenho uma escolha, posso fazer o que eu quiser com meu futuro, ninguém deveria estar ditando isso — avalia a atriz.
A artista também destaca o fato de todos os personagens de The Witcher serem multidimensionais e as mulheres da série terem suas próprias histórias para além de serem meros suportes para a trama de Geralt. Além disso, ela ressalta que a produção foge da noção de que, para a personagem ser forte, precisa ser tão violenta quanto um homem.
— Tem uma gama muito grande de mulheres nesta temporada. Hoje em dia, (...) se o personagem violento é uma mulher é tipo "ela está interpretando uma personagem feminina forte". Bom, na verdade, o que eu gosto em Triss (Merigold, feiticeira interpretada por Anna Shaffer) traz um tipo diferente de força, de ser muito gentil e querida — destaca Freya.
Com oito episódios ao todo, a segunda temporada de The Witcher também dará destaque para a evolução da relação entre Geralt e Ciri, que precisam aprender a deixar de lado suas desconfianças — afinal, o curso da vida no Continente pode depender disso.